Entre os dias 2 e 4, o colectivo participou com outras 18 confrarias no encontro promovido pela La Dive Bouteille de Gaillac.
O Governo Regional da Madeira vai continuar a acolher "sem qualquer discriminação, problema ou obstáculo" os emigrantes da Venezuela, afirmou hoje o chefe do executivo, Miguel Albuquerque, indicando que já regressaram mais de 8.000 pessoas desde 2016.
O secretário regional de Educação, Jorge Carvalho, distinguiu os conselheiros da Diáspora Madeirense com a medalha comemorativa dos 600 anos do Descobrimento da Madeira e do Porto Santo, reconhecendo o empenho, a dedicação e a proximidade com que vêm exercendo funções junto das suas comunidades.
O governante referiu que há o desafio de manter viva a ligação à pátria comum, salientando a contribuição que o encontro de investidores da diáspora pode ter nesse sentido.
Filho de portugueses naturais da Ilha da Madeira, Pedro Ferreira fez parte do grupo de alunos do curso de Português da Universidade de Toronto que participou na primeira edição do ‘Programa de Verão’ em Lisboa, realizada no ano passado. Mas estava longe de perceber que aquele mês iria alterar muito mais na sua vida...
O português foi a primeira língua que aprendeu – em casa e no convívio dos pais com outros emigrantes em Toronto. “Foi este português misto que fui falando até entrar na escola primária, quando o inglês se tornou a minha língua quotidiana”, conta ao ‘Mundo Português’, que já havia entrevistado o lusodescendente no ano passado, quando esteve em Lisboa para o curso intensivo de português.
As frequentes viagens a Portugal fizeram crescer a ligação ao país dos seus pais: “foi desta forma que nasceu o sonho de algum dia “regressar” a Portugal”, conta. E o curso de Português na Universidade de Toronto tornou-se numa oportunidade de ampliar o conhecimento básico da língua.
“Na faculdade, achei importantíssimo aproveitar os cursos de Português oferecidos na Universidade de Toronto, sendo que sempre quis aperfeiçoar o meu português – a leitura, a escrita, e a conversação -, porque tal seria uma mais -valia na minha integração em Portugal”.
“Se antes Portugal me chamava, agora ainda mais”
No verão de 2018, Pedro Ferreira teve “a imensa sorte” de participar no primeiro intercâmbio entre a Universidade de Toronto e a Universidade de Lisboa, no âmbito do Summer Abroad (‘Programa de Verão’). Foi graças a esse intercâmbio que teve uma ideia de como era viver em Portugal e a verdade é que aquela experiência excedeu as suas expetativas e ‘deu-lhe’ algo mais, como conta ao ‘Mundo Português’.
“Durante este tempo, também cheguei a criar muitas amizades com estudantes universitários portugueses na residência universitária em que os alunos da Universidade de Toronto estavam alojados. Uma destas amizades acabou por se tornar numa história de amor, e assim conheci a minha namorada. Se antes Portugal me chamava, agora (chama) ainda mais”, revela.
E ‘chamou-o’ ao ponto de trocar a Universidade de Toronto pela Universidade do Porto, onde, desde janeiro deste ano, tem estado a estudar Português de nível C2, na Faculdade de Letras. “Assim também (estou) aproveitando e conhecendo o norte do país e, claro, diminuindo a distância física entre mim e a minha namorada”.
Para já, vê o seu futuro a passar por Portugal. No próximo ano deverá começar o mestrado em Estudos Internacionais em Lisboa ou no Porto. Já a longo prazo, reconhece que a carreira poderá não passar por Portugal, apesar de ser esse o objetivo. “O mercado de trabalho em Portugal não é ainda propriamente o melhor do mundo. Tenho também em consideração a possibilidade de ter de trabalhar noutro país, preferencialmente, na Europa. Porém, o ideal, e verdadeiramente o que me agradava mais, seria mesmo ter uma vida em Portugal”, confessa.
Ana Grácio Pinto