As Ilhas do Canal da Mancha, onde se incluem Jersey e Guernesey, não fazem parte do Reino Unido – são dependências da Coroa Britânica com leis próprias e, consequentemente, não são membros da União Europeia. Contudo, existe um protocolo assinado entre as Ilhas e o Reino Unido que dá às ilhas livre acesso ao comércio com a União Europeia.

Uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit’) poderá significar um agravamento da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, com consequências imediatas para os países mais vulneráveis, como Portugal. Para a economista Paula Gonçalves Carvalho, do departamento de Estudos Económicos e Financeiros do BPI, em caso de ‘Brexit’, numa primeira fase, “certamente a instabilidade nos mercados financeiros internacionais se agravaria”.

A eventual saída do Reino Unido da União Europeia (’Brexit’) pode criar instabilidade nos mercados e restrições aos emigrantes portugueses no país, mas também pode abrandar a economia portuguesa e reduzir o turismo, segundo analistas contactados pela agência Lusa.

Entre os milhões de europeus apreensivos com o desfecho do referendo no Reino Unido há muitas famílias portuguesas. Cerca de 130 mil madeirenses vivem ali. Os cidadãos comunitários residentes no Reino Unido não podem participar no ‘Brexit’, ou o referendo que tem lugar amanhã. Contudo, a escolha dos britânicos nesta quinta-feira – ficar ou sair da União Europeia – tem quase tudo a ver com eles, cidadãos estrangeiros. Entre esses há mais de 215 mil portugueses, dos quais perto de 130 mil são oriundos da Madeira.

Já está impresso o volume AnteZero do Grande Dicionário Enciclopédico da Madeira.