Uma equipa liderada pelo sociólogo Pedro Góis contabilizou cerca de 3.800 associações de portugueses no mundo, desde associações folclóricas a grupos em que os membros têm formação superior.

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“[As associações] são muito diferentes, (…) vão desde a associação folclórica, muito tradicional, até a associação dos financeiros portugueses em Londres, há de todos os tipos”, especifica o sociólogo à Lusa, esclarecendo que “algumas destas associações têm impacto meramente local”, enquanto outras “têm nitidamente um impacto translocal ou até internacional”.

Atualmente, “as mais interessantes, pela novidade, são as que procuram reunir os portugueses que têm uma formação superior, em diferentes áreas” e que, através, por exemplo, das redes sociais, dinamizam ações, como estágios e bolsas, para a comunidade a que pertencem, exemplifica. Porém, sublinha, “há uma grande dinâmica no movimento associativo, há associações portuguesas que são criadas e que morrem todos os meses”.

Daí que o número de 3.800 ainda possa diminuir, pois algumas não responderam e já não existem nas moradas indicadas. Por isso, a base de dados vai ter de ser regularmente atualizada.

O investigador está a fazer este mapeamento, a pedido da Fundação Calouste Gulbenkian e do Alto-Comissariado para as Migrações, para saber onde está a diáspora portuguesa, “para encontrar uma estratégia de colaboração mais aprofundada” com essas associações e fazer com que “também elas se coordenem”.

Segundo Góis, os resultados devem ser apresentados nas próximas semanas.

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