Em 2016, saíram da Região 12 pessoas, com contractos de trabalho para a ilha de Guernsey. Este número corresponde aos cidadãos que, antes de emigrarem, pediram informações e apoio junto do Centro das Comunidades Madeirenses e Migrações (CCMM).

SergioMarquesJM

Têm, de acordo com o CCMM, idade entre os 20 e os 35 anos e a maior parte tem o 9º ano de escolaridade. Os principais destinos, de quem contacta este centro tutelado pela Secretaria Regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus, continuam a ser, de acordo com esta fonte, e Reino Unidos e as Ilhas do Canal: Jersey e Guernsey.

Direito Consagrado
O direito de emigrar ou sair de território nacional e respectivo regresso está consagrado na Constituição da República Portuguesa. Deste modo, o Governo Regional não é informado – nem tem de ser – da maior parte das saídas para emigração.
«Informe-se antes de partir!», este é, segundo o Secretário Regional Sérgio Marques, «o melhor conselho que se pode dar a quem pretende emigrar» e apela para que, em caso de dúvidas, procurem o CCMM.
Este centro presta apoio variado, desde um pedido de informação do que é necessário para emigrar para um determinado país até à verificação da legalidade de contractos que os candidatos à emigração pesquisam na internet ou recebem por email.

Cuidado com os contratos
Verificar a origem dos email recebidos é fundamental, devendo os candidatos ter em atenção que os servidos livres de correio electrónico, como o Hotmail, o Gmail e a Yahoo, não são, habitualmente, utilizados pelas empresas recrutadoras.
Não deverão pagar por serviços que o recrutador /empregador diga ser necessário para o contrato de trabalho, tratamento do documentação ou pagamento da viagem à agência de viagens escolhida pelos mesmos, nem enviar cópia de documentos pessoais sem ter a certeza da idoneidade da oferta de trabalho.
Seja qual for o destino escolhido, os candidatos deverão informar-se sobre variadíssimos aspectos, nomeadamente se é necessário um visto para trabalhar no país escolhido; quais as condições de trabalho, salário, horário, descontos obrigatórios e até o próprio local de trabalho/habitação; preço e local; sistema e rede de transportes e sistema de Saúde (em caso de doença como funciona o acesso à assistência médica e medicamentos).

Apoio no país é importante
Segundo o CCMM, deverão ter em atenção outros aspectos que por vezes não são valorizados pelos candidatos a emigrar mas que não deixam de ser importantes como, a língua do país de acolhimentos uma vez que o seu conhecimento facilita a integração quer profissional, quer social.
A presença de familiares e amigos no país escolhido para viver e trabalhar é importante. Por último, as afinidades culturais.
Não existe limite para emigrar mas a faixa etária de quem procura informações situa-se entre os 20 e os 45 anos. Por outro lado, do ponto de vista das entidades patronais a procura regista-se em idades ligeiramente inferiores, entre os 20 e os 35 anos.

in Jornal da Madeira