Lino Dionísio, Paulo Gonçalves e João Reis, três madeirenses que, em tempos diferentes, viram na emigração a possibilidade de conseguirem trabalho e melhorarem as respetivas condições de vida.
Um «emigrante feliz» é como Lino Dionísio se sente ao fim de três décadas a viver na Suíça, onde constituiu família e é motorista de autocarro.
Aos 19 anos, depois de cumprir o Serviço Militar Obrigatório, este madeirense começou a trabalhar e a estudar em simultâneo, mas o dinheiro que ganhava era pouco. Viu-se, então, obrigado a fazer-se à vida numa outra terra.
França, concretamente a região de Bordeaux, onde tinha alguns dos 12 irmãos a viver, foi a primeira opção, em 1985. Pouco tempo depois de lá ter chegado, e porque as coisas não lhe estavam a correr bem, decidiu mudar-se para a Suíça, onde também tinha uma irmã.
«Naquela altura, arranjava-se trabalho facilmente. O mais difícil era arranjar um contrato de trabalho, porque havia um contingente e tive de esperar quase um ano para o alcançar, mas felizmente a trabalhar, como nós dizemos, trabalhando ao negro», recorda Lino Dionísio.
As redes sociais, mais do que o telefone, são, atualmente, os meios de contacto mais utilizados pelos emigrantes para encurtarem as distâncias e partilharem com os familiares, um pouco da vida que levam longe da terra natal.
Lino Dionísio é um utilizador ativo, do Facebook, assim como Paulo Gonçalves, “chef” num restaurante de Bournemouth, que nos “presenteia” com sugestivas fotografias dos pratos que cria. Assegura-nos que «parecem bem e sabem bem».
Conheça estas e outras histórias de emigrantes madeirenses na Torre de Vigia da edição de hoje do JM.