O ator Dinarte de Freitas, conhecido em Portugal por séries como “O Ministério do Tempo”, é um dos protagonistas do filme norte-americano “A Thousand Junkies”, que estreia em abril, no Festival de Cinema de Tribeca.
Dinarte de Freitas, que também entrou na nova versão de “A Canção de Lisboa”, de Pedro Varela, divide o seu tempo entre Portugal e os EUA, e tinha acabado de se mudar de Nova Iorque para Los Angeles quando surgiu a oportunidade de participar no filme.
“Ia preparado para fazer o ‘casting’, mas assim que nos encontrámos, o realizador ofereceu-me o papel. Fiquei aterrado! Tinha-me sido oferecido um dos papéis mais importantes da minha vida e a responsabilidade de fazer saltar do papel este ser, esta pessoa”, explicou o ator à agência Lusa.
Dirigido por Tommy Swerdlow, o filme conta a história de três viciados em heroína, Tommy, Blake e TJ, que atravessam Los Angeles em busca de uma fonte de alívio alternativa.
“À medida que o filme se aproxima do absurdo, impulsionado pela hipérbole natural dos homens desesperados, apresenta o inevitável e o completamente inesperado. É um filme sobre drogas, onde não existem drogas, e um ‘road movie’ que anda às voltas”, destacou Dinarte de Freitas.
O ator diz que interpreta “um ser frágil, epilético e viciado em drogas, que entra a meio do filme para roubar 30 minutos e desaparecer da mesma forma que surge”, e que o papel foi um grande desafio.
“Não tenho qualquer experiência no consumo de drogas, por isso tive de fazer uma pesquisa exaustiva da influência destas substâncias”, afirmou.
Dinarte de Freitas, de 37 anos, nasceu na Madeira e chegou aos EUA em 2002 para se formar na escola de atores Lee Strasberg Theatre & Film Institute.
“Foi um ano após os atentados do 11 de Setembro, mas o sonho de estudar nos EUA e de ter uma carreira no cinema, deram-me a coragem necessária para aventurar-me”, lembrou.
Desde essa altura, participou em vários filmes nacionais e internacionais, como “A Canção de Lisboa”, de Pedro Varela, “20,13 Purgatório”, de Joaquim Leitão, “The Marconi Bros”, de Michael Canzoniero e Marco Ricci, ou “Blarghaaahrgarg”, de Núria Leon Bernardo.