‘Caso Mido Macie’, o livro do jornalista e escritor Hélio Filimone, foi lançado recentemente em Maputo e relata o caso do taxista moçambicano morto pela polícia sul-africana em 2013. Um caso que motivou reacções, tanto na África do Sul como em Moçambique, de protesto contra a violência policial.
O livro foi apresentado no Salão Nobre da Câmara Municipal de Maputo, na presença de diversas personalidades moçambicanas, entra as quais o ex-presidente Joaquim Chissano que assina o prefácio do livro.
O advogado sul-africano de origem madeirense, José Nascimento é homenageado no livro – uma foto sua aprece na capa -, por ter sido ao advogado da família de Mido Macie, no processo contra os polícias que o mataram.
O livro de Filimone tem um capítulo dedicado a José Nascimento que é apresentado como “um homem de causas”.
Nascimento recebeu uma réplica da capa do livro, em vidro, entregue por Joaquim Chissano que teceu os maiores elogios ao advogado.
Mido Macie morreu em Fevereiro de 2013 depois de ter sido amarrado à carrinha da polícia e arrastado pela estrada em Daveyton, na zona leste de Joanesburgo. Duas horas mais tarde foi encontrado morto.
O taxista, de 27 anos, foi interpelado pela polícia porque o seu carro estava mal estacionado.
Em 2015, a justiça sul-africana condenou oito polícias a 15 anos de prisão pela tortura e pelo assassínio do jovem taxista.
As imagens do taxista a ser detido pelos polícias e amarrado ao carro foram divulgadas em todo o mundo.
Os oito polícias foram presos e arriscavam uma pena de prisão perpétua, mas acabaram por ser condenados a penas de prisão de 15 anos, num julgamento que teve grande impacto na África do Sul e em Moçambique.