A Fundação Obama foi criada em janeiro de 2014 e tem como objetivo inspirar a próxima geração de jovens líderes mundiais.

David Simas

A Fundação Obama anunciou esta semana que o lusodescendente David Simas - até ao próximo dia 20 de janeiro ainda diretor político da Casa Branca - será o seu diretor-geral.

"No próximo ano, a Fundação Obama vai continuar o seu importante trabalho de criar um Centro Presidencial para inspirar cidadãos e comunidades a assumirem grandes desafios. Sinto-me honrado por servir o Presidente e a primeira-dama e entusiasmado por ser parte do trabalho que será feito para alcançar esta missão", disse David Simas em comunicado.

O lusodescendente trabalhará assim com o presidente da fundação, Marty Nesbitt, e o seu diretor-executivo, Robbin Cohen, na fundação que terá sede em Chicago.

Nesbitt considerou Simas, em comunicado, como "uma adição de valor incalculável para a equipa numa altura em que entra num ano importante para a fundação."

"Junto com os nossos vizinhos do lado sul [de Chicago], vamos construir um centro presidencial de classe mundial para motivar as pessoas a construir uma mudança e estamos entusiasmados por ter o David a trabalhar connosco nesta missão", disse o presidente da fundação.

Orgulho em ser filho de emigrantes

Filho de dois portugueses que emigraram para os EUA nos anos 60 (o açoriano António Simas e alentejana Deolinda Matos Simas), David Simas é licenciado em Ciência Política e Direito. Destacou-se como colunista num jornal da comunidade e pela participação em programas de rádio, além de ter ficado conhecido na comunidade portuguesa ao exigir às companhias de televisão por cabo que incluíssem a RTP Internacional nos seus pacotes.

Foi chefe de gabinete do governador Deval Patrick, no Massachusetts, antes de em 2008 ter sido convidado para ser conselheiro de David Axelrod na Casa Branca.

Na última campanha de presidencial de Obama, em 2012, foi o diretor de sondagens e em 2014 assumiu o cargo de diretor político da Casa Branca.

"O orgulho que tenho de ser filho de emigrantes é uma coisa de que me lembro todos os dias", disse numa entrevista à Lusa em 2014.

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