O secretário dos Assuntos Parlamentares e Europeus da Madeira, Sérgio Marques, anunciou hoje, no Funchal, que o fórum de emigrantes, agendado para 08 e 09 de Agosto, deve reunir na região autónoma 150 participantes, oriundos de diversas comunidades madeirenses.
"A ideia é que este encontro sirva para concretizar e promover aquela visão de que somos apenas um só povo, uma só comunidade, independentemente do sítio onde estejamos", afirmou Sérgio Marques na apresentação do 1.º Fórum Madeira Global, iniciativa que resulta das conclusões do I Encontro das Comunidades realizado no ano passado.
O Governo Regional pretende promover uma reunião "aberta, plural e diversa", com o objetivo de reforçar a ligação com as comunidades e a aproximação destas entre si, cimentando a noção de uma comunidade madeirense "verdadeira" e "una".
Nos dias 08 e 09 de agosto vão estar em análise temas relacionados com o investimento, a fiscalidade, a política, a solidariedade e, sobretudo, a diáspora como afirmação da Madeira no mundo.
Os debates vão contar com a participação de lusodescendentes que alçaram notoriedade nos países de acolhimentos, como Ralph Gonsalves, primeiro-ministro de São Vicente e Granadinos, e Manny de Freitas, deputado ao parlamento Sul-Africano, pela Aliança Democrática, bem como os investigadores do fenómeno migratório Maria Beatriz Rocha-Trindade e Alberto Vieira.
No decurso do 1.º Fórum Madeira Global será, por outro lado, empossado o Conselho da Diáspora, órgão consultivo do Governo Regional, composto por 21 elementos, que visa o acompanhamento permanente das questões relacionadas com as comunidades madeirenses.
O secretário dos Assuntos Europeus e Parlamentares, que tutela os assuntos da emigração, sublinhou que o encontro decorre numa época de grandes restrições orçamentais, pelo que representa um investimento de apenas 10 mil euros, sendo que o mês de agosto foi eleito por ser aquele em que mais emigrantes estão de visita à região.
Os números oficiais apontam para a existência de um milhão de emigrantes madeirenses, entre primeira, segunda e terceira gerações (as que têm direito à nacionalidade portuguesa) espalhados por diversos países, com particular incidência na Venezuela e África do Sul.