"A Região recuperou a sua credibilidade junto das instituições, dos cidadãos e dos mercados", afirmou Miguel Albuquerque no final da intervenção de abertura do debate do Estado da Região. O presidente do Governo Regional fez um balanço pormenorizado dos resultado da governação no último ano.

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Começou por referir o "desagravamento fiscal" com um efeito de 7,5% na taxa de IRS do primeiro escalão, nos combustíveis e a adaptação da redução do IVA na restauração e a reposição dos salários da função pública.

Nos transportes, afirma que "depois de muito barulho e muita demagogia, o certo é que os madeienses pagam 86 euros para a viagem de ida e volta ao continente e os estudantes 65 euros e a verdade é que nenhuma das catástrofes anunciadas ocorreram".

Albuquerque também lembrou o subsídio de mobilidade para o Porto Santo, com um acréscimo de 7.000 visitantes.

No turismo, destaca a importância das acções desenvolvidas para garantir que 2015 fosse o melhor ano turístico de sempre na Madeira.

Abordando o sector das pescas e agricultura, o presidente do GR referiu o Proderam 2020, com 179 milhões de euros, a abertura, este ano, da Escola Agrícola da Madeira, em São Vicente e a negociação, com os Açores, para alargamento da área de captura do peixe-espada preto.

Albuquerque foi particularmente crítico em relação ao BE e ao PCP que acusou de colocar em causa o Centro Internacional de Negócios.

A descida das taxas de desemprego e o reforço de verbas para programas de apoio social também foram referências importantes no discurso.

O sector da saúde, neste primeiro ano de governo o mais problemático, também apresemta dados positvos, segundo Albuquerque que recorda a entrega da candidatura do novo hospital a obra de interesse comum.

Miguel Albuquerque fez referência a outras áreas, mas deixou claro que não é justo exigir o cumprimento de todo o programa em apenas um ano.

Numa intervenção mais política do que as anteriores, no plenário, o presidente do GR acusa a oposição de estar presa "a uma lógica de maldicência" e de se manter em "negação" perante os factos.

"Vamos continuar a manter as boas relações institucionais e as vias de diálogo com o Governo da República. Mas, a nível nacional, é indiscutível que a situação está a complicar-se e que a generalidade dos portugueses já compreendeu que a alegada viragem de página da austeridade não aconteceu nem vai acontecer. Não vale a pena o governo nacional tapar o sol com uma peneira", conclui.

in Diário de Notícias da Madeira