A Direção Regional das Comunidades e Cooperação Externa (DRCCE) reforçou o serviço de atendimentos no Balcão da Loja do Cidadão. Duplicou os colaboradores e a área de atendimento, para fazer face à crescente procura por parte de cidadãos portugueses e estrangeiros.
Em 2021, durante os nove meses de funcionamento do balcão aberto esse ano, o número total de atendimentos saldou-se em 2.797. Em 2022, também por um período de nove meses, já foram atendidas 5.356 pessoas
“Abrimos o balcão na Loja do Cidadão em abril do ano passado. Em pouco tempo passamos de 128 atendimentos no primeiro mês para 200 no mês seguinte. Passados poucos meses já estávamos a atender entre 400 e 500 pessoas mensalmente”, adiantou o diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu, após a reunião trimestral mantida esta semana com os colaboradores para analisar os relatórios de atendimentos.
“Para fazer face ao número crescente de solicitações por parte dos madeirenses emigrados ou que querem emigrar, e de estrangeiros que querem residir e/ou trabalhar na Região duplicámos o número de colaboradores, bem como o espaço do atendimento na Loja do Cidadão”.
“Foi uma aposta ganha”, sublinhou Rui Abreu.
Portugueses, venezuelanos e britânicos dominam procura
Nos primeiros nove meses deste ano, foram atendidas um total de 5.356 pessoas no Balcão da DRCCE na Loja do Cidadão, o que representa uma média de 30 atendimentos diários.
“Os cidadãos portugueses são os que mais procuraram os serviços da Direção. Seguem-se os cidadãos venezuelanos, em terceiro os britânicos, e em quarto lugar os brasileiros”, enumerou o governante.
Cidadãos russos na Madeira aumentam
O êxodo na Rússia devido à mobilização militar também tem trazido alguns cidadãos russos à Madeira. “Nos últimos dois meses, temos tido uma procura crescente por parte de cidadãos russos, homens, maioritariamente em idade de serem mobilizados e famílias que procuram residência na Região”.
É claro que os serviços da Direção Regional são procurados por pessoas das mais diversas nacionalidades: “cidadãos dos Estados Unidos da América, da Argentina, de Cabo Verde, ou do Nepal, são apenas alguns dos exemplos”.
No que respeita aos motivos dos atendimentos, os pedidos de agendamento no SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) para assuntos relacionados com títulos de residência, o Brexit, os Vistos para o Reino Unido, e esclarecimento sobre viagens foram os assuntos dominantes.
Em números, o primeiro mês do ano começou com 541 atendimentos, mais 10,18% do que no mês anterior. Maio, Agosto e Setembro foram os meses com maior número de pessoas atendidas, ultrapassando-se a barreira dos 650 atendimentos mensais.
“Em maio, foram realizados 654 atendimentos, mais 26,29% face ao mês anterior. Uma flutuação que, segundo Rui Abreu “poderá ser explicada pela abertura dos espaços aéreos, e consequentemente a maior liberdade de viajar”.
Também agosto e setembro foram meses de muita procura “Batemos o nosso recorde mensal em setembro com 676 atendimentos. E em agosto também tivemos um bom rácio, com 663 pessoas atendidas. Foram os dois meses com maior número de atendimentos no nosso balcão da Loja do Cidadão desde a sua abertura”, disse o governante, explicando que os números de agosto e setembro coincidem com a vinda de emigrantes à Madeira para passar férias.
“Os nossos emigrantes, quando passam férias na Madeira, aproveitam para tratar de assuntos junto dos nossos serviços. Como todos sabem, a maioria dos consulados portugueses no estrangeiro não conseguem dar respostas em tempo útil, daí a subida do número de atendimentos em plena época estival”, constatou, lembrando a falta de investimento de Lisboa na rede consular.