É no sector alimentar que a recuperação económica em Joanesburgo se torna mais visível. “Os empresários madeirenses que detêm supermercados, frutarias, talhos, lojas de especiarias e de bebidas, dizem que já faturam o mesmo que faturavam antes da pandemia”.

As declarações são do diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu, após um almoço de trabalho com um grupo de empresários, os Wednesday Boys, que se mostram entusiasmados com a perspetiva da recuperação económica.
“O que tenho constatado é que, aos poucos, a economia sul-africana começa a normalizar. Os empresários, especialmente os do ramo alimentar, referem que as vendas estão a subir. Já começaram a atingir os números da pré-pandemia”.
Os empresários reforçam: “As vendas aqui estão muito boas. O país esta a retomar a economia que tinha antes”, referiu um comerciante do sector alimentar.

Outro sinal de retoma económica é o movimento nos aeroportos sul-africanos. Rui Abreu dá como exemplo as infraestruturas aeroportuárias da Cidade do Cabo e de Joanesburgo. “Ambas com um grande movimento de passageiros, indicando que as pessoas voltaram a viajar.”

Para já, constatou o diretor regional, a guerra na Europa não está a afetar a economia da África do Sul. “Estamos a falar de um país que é considerado o celeiro do continente, e que por isso é praticamente autossuficiente em termos alimentares.” No entanto, acrescenta, a questão dos combustíveis poderá ter impacto da atividade económica e na vida das pessoas.

Neste que foi o décimo primeiro dia deste périplo pela África do Sul, Rui Abreu visitou o Lar de Santa Isabel, em Joanesburgo, que acolhe muitos madeirenses. “São cerca de 70 utentes a maioria da nossa comunidade”, quantificou, explicando que a instituição tem receita própria, beneficiando do apoio da comunidade portuguesa, seja a nível individual, seja através de empresas e instituições solidárias. “Uma delas é Sociedade Portuguesa de Beneficência que apoia com donativos todos os meses, de forma a manter o lar bem apetrechado”.