É mais uma falha da TAP para com a Madeira e para com as suas comunidades emigrantes. O voo direto semanal entre Lisboa e a Cidade do Cabo, um compromisso assumido pelo Governo da República e pela TAP, já não vai avançar. A ligação anunciada por Lisboa para começar em Dezembro, não consta do programa de Inverno da IATA apresentado pela TAP.

RA AFRICADOSUL

 

O diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu, não poupa críticas a este recuo. “Mais uma vez os nossos emigrantes residentes na África do Sul são prejudicados pela companhia aérea de bandeira portuguesa”, disse, lembrando que esta é uma das maiores comunidades madeirenses no exterior.
O governante diz mesmo que, a haver um voo direto, este deveria ser direcionado para Joanesburgo. “A solução prometida e não cumprida, seria uma alternativa. No entanto, não faz muito sentido o voo ser para a Cidade do Cabo, porque a larga maioria dos nossos emigrantes está radicada em Joanesburgo”
Esta situação prolonga-se há mais de uma década, altura em que a TAP decidiu abandonar a linha Portugal-África do Sul. E, apesar dos sucessivos compromissos do Governo da República e do reconhecimento da importância desta ligação, a comunidade madeirense para chegar à Região é obrigada a recorrer voos de ligação com grandes constrangimentos aos níveis pessoal e financeiro.
Por outro lado, Rui Abreu sublinha a importância do regresso da ligação Portugal-Venezuela que faz parte do programa anunciado pela TAP, após um período de pandemia que levou o governo de Nicolás Maduro a encerrar o espaço aéreo venezuelano, cerca de um ano e meio.
“Finalmente haverá um voo semanal que irá ligar a Venezuela a Portugal, que, não sendo o ideal, é melhor do que a atual situação, em que os voos são inexistentes” afirmou.
No entanto, considera que existe necessidade de reforçar o número de voos semanais, uma vez que é na Venezuela que reside a maior Comunidade da Diáspora Madeirense.
“As ligações entre Portugal e a Venezuela já chegaram a ser quase diárias, e havia mesmo um voo direto de Caracas para o Funchal. Este seria o cenário ideal: haver mais voos para o Continente e um voo direto para a Madeira, uma vez que temos a nossa maior comunidade de emigrantes está radicada neste país sul-americano”, concluiu.
In DN-Madeira