O diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu, defende que o grau civilizacional de um país mede-se pela capacidade de integrar os migrantes.

grau civilizacional

 


“Acredito firmemente que é na diversidade, e na capacidade de saber integrar os imigrantes, que se mede o grau civilizacional de uma nação, de uma região, de um povo. Acredito firmemente que, é graças a esta diversidade que os países, as regiões e os povos se tornam mais ricos, mais dinâmicos, mais empreendedores, porque os imigrantes têm uma grande vontade de trabalhar e vencer na vida, contribuindo para o desenvolvimento económico, social e cultural dos países de acolhimento”. Foi com estas palavras que o governante deu início à ação de formação sobre o ‘Diálogo Intercultural’, destinada aos colaboradores do Instituto de Emprego da Madeira, IP-RAM, uma iniciativa da DRCCE em parceria com o Alto Comissariado para as Migrações.
Depois de um período de interregno devido à pandemia, a DRCCE voltou às formações sobre este tema, mas num formato online, mantendo-se a missão e o conteúdo, com o objetivo de integrar plenamente na sociedade madeirense todos os estrangeiros que decidiram residir e trabalhar na Região.
Rui Abreu, lembrou que a história da Madeira foi sempre marcada “pelos ventos da emigração”. Talvez por esta razão, o povo madeirense também sabe “acolher quem é diferente”. “Somos um povo que acolhe bem os turistas, mas também os estrangeiros que escolhem a Madeira para viver e trabalhar”.
E numa época em que o número de imigrantes na Madeira é mais elevado e as nacionalidades mais diversas, “nós, enquanto sociedade, temos o dever de acolhê-los e integrá-los plenamente, para que tenham os mesmos direitos e deveres do que outro madeirense residente”.
Rui Abreu lembrou que “muitas vezes as diferenças culturais afastam-nos”. Mas é através deste ‘Diálogo Intercultural’ que iremos esbater diferenças e aproximarmo-nos uns dos outros. Só assim poderemos ser económica, social e culturalmente mais ricos”.
Atualmente, segundo os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronetiras, vivem na Madeira 8.586 imigrantes oriundos de países como a Venezuela, o Reino Unido, a Alemanha, o Brasil, que são as maiores comunidades imigrantes a residir na Madeira. Mas também temos pequenas comunidades oriundas de países como o Paquistão, a Índia, Japão, Haiti e Indonésia. Daí a importância deste ‘Diálogo Intercultural, concluiu Rui Abreu.