O presidente do Governo Regional voltou hoje a alertar para uma segunda vaga da pandemia de covid-19, enunciando o aumento exponencial do número de casos em vários países e enfatizando que a situação controlada na Madeira é devida ao trabalho de múltiplos profissionais de diversas áreas.
Na sessão de abertura das XI Jornadas do Médico Interno, Miguel Albuquerque dirigiu-se, em particular, aos profissionais da saúde, e considerou ser fundamental que o Sistema Regional de Saúde seja “atrativo” para estes.
“Vivemos hoje uma situação de anormalidade na nossa vivência coletiva”, referiu o chefe do Executivo madeirense, antes de focar o “aumento de casos na generalidade dos diferentes destinos geográficos”. “Parece que essa segunda vaga é uma realidade. Temos aqui na Madeira, uma situação de resguardo, de controlo, fruto do trabalho de múltiplos e variados profissionais na área da saúde, da proteção civil, da administração pública, e esta contenção que temos tido ao longo destes meses não acontece por acaso.”
Albuquerque tornou a alertar para o cumprimento das normas de segurança, vincando que “não há milagres”.
“Vivemos numa sociedade que ainda acredita em milagres, em superstições, mas as boas práticas sociais não funcionam assim. Não há milagres e não nos podemos fiar na sorte. Temos de prevenir, atuar com decisões baseadas na racionalidade e na ciência, e foi graças a essas decisões e ao suporte científico das decisões políticas que tomamos, que neste momento mantemos a Região num clima de confiança, estabilidade e controlo da pandemia”, referiu.
“É fundamental que o Sistema Regional de Saúde continue a ser atrativo para os profissionais”
Na sessão de abertura das XI Jornadas do Médico Interno, que decorreu esta manhã, no auditório Colégio dos Jesuítas, Miguel Albuquerque destacou o papel dos médicos e realçou a “dedicação, resistência, determinação no cumprimento de um serviço público que é essencial à nossa população”.
Identificando dois desafios para o Sistema Regional de Saúde, o presidente do Governo Regional enunciou a sustentabilidade financeira e também “continuar a ter ótimos profissionais integrados”. “Nesse sentido é fundamental que dentro desta componente, o nosso Sistema continue a ser atrativo para os profissionais”, atestou.
O governante recuou algumas décadas para relembrar que “o Sistema Regional de Saúde não existia”, considerando ter sido uma consequência da conquista da autonomia política, em 1976.
“Existia um conjunto de cuidados de saúde que eram precários. Os índices de desenvolvimento também na saúde eram muito baixos, havia grande precariedade, grande hierarquização e desfasamento social”, disse.