O Diretor Regional das Comunidades e Cooperação Externa tem aproveitado as ‘visitas de verão’ dos madeirenses espalhados pelo mundo para recebê-los cá na ilha, permitindo assim um contacto mais direto com os conselheiros das comunidades madeirenses. A pandemia covid-19 continua a criar grandes dificuldades um pouco por todo o mundo.

RA E ALEIXO VIEIRA

 


A Venezuela não é exceção e à crise pandémica – com um maior aumento de casos no país nos últimos dias – soma-se ainda a difícil situação política e social que se vive no país sul-americano e que tem, obviamente, consequências na comunidade madeirense que lá reside.
Integração dos emigrantes
Aleixo Vieira, conselheiro na Venezuela, enalteceu os apoios que têm sido desenvolvidos no sentido de promover o investimento dos emigrante em Portugal, mais especificamente na Madeira, e agradeceu ao Governo Regional a forma como o Executivo tem recebido e integrado os madeirenses que regressam à Madeira.
“É gratificante ver a integração dos madeirenses regressados aqui na ilha”, enalteceu o conselheiro. Ainda assim, em relação aos apoios aos investimentos da Diáspora, Aleixo Vieira considerou que existe outro fator que é fulcral na operacionalização dos apoios e dos investimentos.
“É preciso humanizar a banca”, apelou o conselheiro, explicando que deve existir uma boa articulação entre as iniciativas do Governo e a banca portuguesa “que tem uma grande dívida moral, ética e económica para com a Venezuela e para com os emigrantes”.
Resolução do conflito
Numa breve abordagem à situação política atualmente vivida na Venezuela, Aleixo Vieira afirmou que é necessário “respeitar a soberania dos países”, apelando a que Portugal faça parte da solução e não do problema. O conselheiro realçou que a “madeira não pode virar a cara à Venezuela”, país que “durante muitos anos ajudou muita gente e sempre esteve de braços abertos”.
Segundo Rui Abreu, a resolução do conflito no país apenas acontecerá com “um acordo entre a oposição e o Governo da Venezuela”.
Os dois voos de repatriamento já organizados pelas autoridades portuguesas em solo venezuelano, que já permitiram o regresso de cerca de 200 madeirenses, não foram esquecidos e mereceram também um comentário de parte a parte.
O diretor regional esclareceu que estes regressos são de “algumas pessoas que têm a sua residência cá na ilha ou que tenham outras questões de saúde que as ‘obriguem’ a regressar e que foram apanhadas de surpresa com a pandemia e consequente fecho do espaço aéreo venezuelano”.
Em relação a esta questão, Aleixo Vieira admitiu que “quando estes emigrantes têm cá a família, obviamente que querem estar juntos das suas famílias e regressar às origens”.
Ligações aéreas
Mantendo-nos nas viagens no espaço aéreo, a TAP e as ligações regulares entre Lisboa e Caracas merecem também a atenção do diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa.
A terminar, o diretor regional deixou uma mensagem de tranquilização à comunidade madeirense residente na Venezuela.
in JM-Madeira 06.08.2020