O Diretor Regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu, reuniu presencialmente com o Conselheiro Madeirense para a Europa, Maurício Cysne, esta quarta-feira, dia 4 de agosto, após vários meses com reuniões via videoconferência.

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Rui Abreu tomou pulso às comunidades espalhadas pela Europa, como foi o caso daquelas que residem no Reino Unido, que neste momento viram a questão do ‘Brexit’ passar para segundo plano, devido à crise provocada pela pandemia.
Em Jersey, onde residem cerca de 20 mil madeirenses, "não existem grandes problemas" uma vez que a retoma da economia e dos serviços tem sido feita gradualmente. Já em Gatwick a situação é um pouco mais complexa. “Um aeroporto que movimentava entre 80 a 100 mil passageiros por dia, está agora com uma média de 6 a 8 mil viajantes. É natural que os serviços sejam suspensos ou reduzidos, e que as empresas tenham de mandar pessoas para o desemprego”, constatou, garantindo que está a acompanhar a situação destes emigrantes.
Referindo que cada região, cada país tem as suas especificidades e “têm realidades completamente distintas”, Rui Abreu, exemplificou com a Venezuela e com a África do Sul.
O caso da Venezuela é uma questão de “soberania”, sublinhou, isto porque antes da pandemia sanitária já existia uma pandemia “económica e política” e "só os venezuelanos poderão resolvê-la".
Na África do Sul, a situação é preocupante, mas “felizmente agora temos uma curva descendente” no número de novas infeções e no número de óbitos. “A comunidade madeirense neste país está a cumprir com as recomendações sanitárias e está a ser poupada”.
Rui Abreu salientou ainda que no caso da África do Sul há muitos empresários na comunidade madeirense que não manifestam intenção de voltar. Aquilo que tem notado é um interesse crescente desta comunidade em investir na Região.
“Queremos captar investimento da nossa diáspora para a Madeira, temos pessoas com capacidade de investir e queremos alertá-las que a Madeira é um excelente destino para investirem as suas poupanças”, ao mesmo tempo que apostamos na internacionalização das empresas madeirenses, nomeadamente nos mercados onde existem muitos madeirenses.
Tendo em conta a realidade, Rui Abreu garante: “Não há nenhum surto migratório para a Região”