O Presidente da República, visitou a Madeira no passado fim de semana, a 9ª visita oficial como Chefe de Estado, tendo sido recebido no Aeroporto pelo Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque. À chegada Marcelo Rebelo de Sousa elogiou Miguel Albuquerque pelas medidas implementadas na Região e pelo “esforço muito grande”, que permitiram conter a pandemia na Madeira.
Salientando que há “segurança” no destino Madeira, que a Região é “um exemplo de segurança” e de “confiança no futuro”, Marcelo Rebelo de Sousa, mostrou-se “muito impressionado” com a entrada “sucessiva e consistente” de turistas europeus na Madeira, com a “significativa” taxa de ocupação nas unidades hoteleiras madeirenses, e com a “subida” prevista para os próximos meses.
Segundo o Chefe de Estado isto significa que todos reconhecem, especialmente quando chegam ao aeroporto e se deparam com a Unidade de Rastreio, que “a Madeira é um local seguro”, que oferece “confiança”. Acredita, por isso, que em breve o Reino Unido vai alterar a sua posição de impor quarentena aos turistas que regressem da Região à Inglaterra.
"Ainda bem que no caso da Madeira correu muito muito bem. E isso está a ser reconhecido" sobretudo por quem chega à Região”, reforçou o Chefe de Estado que reconheceu igualmente o esforço do Governo Regional e o “bom trabalho” dos profissionais de saúde, no sentido de encontrar as melhores fórmulas para a resposta a dar à situação pandémica, tendo elogiado ainda a segurança na noite madeirense.
Durante a visita presidencial de dois dias à Madeira, Marcelo Rebelo de Sousa teve a oportunidade de visitar o Hospital Drº Nélio Mendonça e o Centro de Saúde do Bom Jesus.
Albuquerque, lembrou que foi montado um hospital que custou 3 milhões de euros. “Tivemos de montar um hospital [a Unidade de Internamento Polivalente/Unidade de Cuidados Intensivos dedicada à Covid-19]” sublinhou.
O chefe do executivo madeirense, explicou a Marcelo que tudo foi feito em 15 dias. “Fizemos um segundo hospital em apenas 15 dias, para estar dissociado do outro para não haver contaminações".
Já o o director clínico, José Júlio, explicou a Marcelo que enquanto no Continente há sempre a possibilidade dos hospitais transferiram doentes para outras unidades, na Madeira isso não é possível. Relembrou ainda o forte investimento em recursos materiais e humanos.
Numa visita a Câmara de Lobos, a única freguesia onde foi criada uma cerca sanitária durante o período em que Portugal se encontrava em Estado de Emergência, o Presidente da República agradeceu a “resistência, maturidade e sensatez” do povo de Câmara de Lobos. Destacou também que a Madeira apresenta "uma situação invejável em termos internos e internacionais", referindo-se à gestão feita no controlo da questão sanitária da covid-19.
No que respeita à falta de solidariedade do Governo da República para com a Região durante esta crise pandémica, Marcelo respondeu que a Madeira tem de dar “passos fiscais”.
Admitiu, mesmo que "a Madeira para poder corresponder a este momento de esperança e de confiança no futuro, tem de dar passos fiscais, económicos e financeiros que precisam ter a compressão das forças políticas principais a nível da Assembleia da República".