Para encorajar os viajantes com destino a Madeira é só embarcarem com um teste (negativo) à convid-19 já realizado na origem, o Governo Regional (GR) está disposto a pagar os custos do teste PCR com o resultado negativo, realizado nas últimas 72 horas face a hora do desembarque. O apoio deverá abranger todos os passageiros, independentemente do local de residência ou nacionalidade, que cheguem à Região em voos domésticos.
A novidade foi dada ontem por Miguel Albuquerque durante a cerimónia de apresentação do 2020 do POCIF – Plano Operacional de Combate aos Incêndios Florestais –, nas instalações do Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC), na cancela.
Anunciou que o GR está já “a trabalhar” para conseguir aquilo que considera ser também “muito importante” que é garantir aos passageiros que a partir do dia 1 de Julho venham a embarcar em Lisboa ou no Porto com destino à Madeira, possam realizar gratuitamente o teste à covid-19 na origem assumindo a Região os custos do obrigatório PCR. A medida “vem facilitar e também prevenir em termos de segurança a Região”, reconhece Albuquerque.
“Dada a providência importância do turismo na Madeira é melhor nós assumirmos estes custo (...) prefiro assumir esses custos e ter o início do desenvolvimento reabertura do Turismo do que estar a gastar esse dinheiro em subsídios de desemprego”, justificou.
O líder madeirense adiantou que a ideia passa por “protocolizar aos mesmos preços os testes que temos aqui” acordos com unidades de saúde em Lisboa e no Porto para agilizar a medida que está já a ser tratada pelo secretário com a tutela de saúde, Pedro Ramos.
Questionado pelo diário sobre os custos e o alcance desta medida, Miguel Albuquerque deu entender que o custo a suportar pela Região será na ordem dos 30 Euros por cada análise e ao alcance de todos os passageiros. “Seria bom que abarcasse todos os que querem viajar para a Madeira, porque assim facilitava tudo”, referiu.
A assunção das despesas relativamente aos turistas, “nestes meses iniciais” é justificada pela importância do setor no arquipélago. Miguel Albuquerque entende que é preferível “assumir esses custos e ter um início do desenvolvimento e reabertura do Turismo do que estar a gastar esse dinheiro em subsídios de desemprego”.
Considera também esta medida “um exemplo para Europa e aviação civil de como se pode desenvolver as ligações e, de novo, a mobilidade, com um substrato e alicerce de segurança”, destacou.
A Madeira, sublinhou “não pode correr riscos desnecessários”, sobretudo quando “um dos principais ativos que vai oferecer é ser uma Região que tem quase zero casos ativos de covid-19”, vincou.
Miguel Albuquerque também realçou que “a ideia com Canárias e Açores é criar corredores de segurança em termos de propagação pandémica”, ou seja, garantir que todos os passageiros realizem o teste antes do embarque. Sobre o POCIF 2020 sublinhou o “desenvolvimento“ e a colaboração “de um conjunto de forças de diversos ramos” que tem permitido melhorar a capacidade de resposta do programa implementado em 2015.
Destacou o patrulhamento que é feito para prevenção dos fogos florestais e capacidade de resposta já demonstrada pela unidade elite transportada no ataque inicial aos fogos “que tão bons resultados tem trazido para a Região”, ao revelar-se “fundamental para evitar a propagação do fogo”, assinalou. Não esqueceu importância dos drones na componente da “avaliação”, para concretizar que “a tecnologia e a preparação dos homens” estão na base do POCIF.
in Diário de Notícias 16.06.2020