O número de novos pedidos de asilo feitos a Estados-membros da União Europeia (UE) subiu 12% em 2019 para 612.685, a maioria requeridos por sírios, afegãos e venezuelanos, registando-se também um aumento de 40% nas solicitações a Portugal.
Dados hoje divulgados pelo gabinete de estatísticas comunitário, o Eurostat, revelam que os pedidos de asilo (só são considerados os que são realizados pela primeira vez nesse ano) mantiveram a trajetória de subida, ao crescerem 12% no ano passado face aos 548.955 verificados em 2018.
Ainda assim, o total de pedidos de asilo registados em 2019 (612.685) está em cerca de metade do verificado aquando da crise migratória, em 2015 (1.216.900) e em 2016 (1.166.800).
No ano passado, as principais nacionalidades a requerer asilo nos 27 países da UE continuaram a ser os sírios (74.400) e os afegãos (52.500).
Porém, nesse ano registou-se também uma grande subida no número de venezuelanos requerentes de asilo no espaço comunitário, que passaram a representar 28% do total (44.800). Esta é agora a terceira nacionalidade com mais solicitações, após ter ocupado o quinto lugar em 2018, dada o intensificar da crise política e social no país no ano passado.
No que toca à Portugal, verificou-se um aumento de 40% nos pedidos de asilo feitos ao país, que totalizaram 1.735 em 2019 (comparando com 1.240 em 2018).
Ainda assim, este não foi o país com mais solicitações, numa lista que foi liderada pela Alemanha (142.450), França (119.915) e Espanha (115.175), Estados-membros que ficam à frente de outros mais próximos das regiões de onde provêm as solicitações, como Grécia (74.910) ou Itália (35.005).
Isto significa que, entre os novos pedidos de asilo verificados em 2019, quase um em cada quatro dizia respeito à Alemanha.
O Eurostat adianta que, em toda a UE, existiam 842.500 pedidos de asilo pendentes no final de 2019, o que compara com 851.000 no final do período homólogo de 2018.