Esteve recentemente na China ou na Ásia? Não há razão para alarme.
Se tiver algum dos sintomas do coronavírus, saiba como agir. As explicações da Diretora-Geral da Saúde, em entrevista na SIC Notícias.
O novo coronavírus não chegou a Portugal, garantiu esta quinta-feira a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, em entrevista na Edição da Noite da SIC Notícias.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) está a acompanhar a situação e reforçou na quarta-feira os protocolos em território nacional. Isto apesar de a Organização Mundial da Saúde ter considerado prematuro declarar uma emergência internacional devido ao surto.
ESTEVE RECENTEMENTE NA ÁSIA OU NA CHINA? NÃO HÁ RAZÃO PARA ALARME
Se viajou recentemente para a China ou até para a Ásia e não esteve na província de Hubei, não há motivos para se preocupar.
Graça Freitas explica que o foco do surto é mais estreito e as pessoas infetadas tinham todas ligação direta à província de Hubei e à cidade de Wuhan, onde o vírus foi detetado.
O REFORÇO DOS PROTOCOLOS EM PORTUGAL
Em território nacional foram ativados os protocolos estabelecidos para situações do género, reforçando no Serviço Nacional de Saúde a linha Saúde 24, através do número 800242424, e a linha de apoio médico, para triagem e evitar que em caso de eventual contágio as pessoas não encham os centros de saúde e as urgências dos hospitais.
A Diretora-Geral da Saúde revelou que a linha médica recebeu duas chamadas, mas os casos foram despistados.
OMS DIVIDIDA SOBRE DECLARAÇÃO DE EMERGÊNCIA INTERNACIONAL
Após dois dias de reuniões na sede da OMS em Genebra, um comité de emergência formado por médicos especialistas de vários países e convocado pelo diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, descartou, por enquanto, o possível alerta internacional, receando que "seja demasiado cedo".
Ainda assim, esta não foi uma decisão consensual e gerou mesmo divisão entre os membros do comité, explicou Graça Freitas.
O QUE FAZER EM CASO DE SUSPEITAS DE INFEÇÃO E COMO PODEM AS PESSOAS PREVENIR-SE?
As autoridades desconhecem ainda a origem exata da infeção, mas vários indícios apontam para animais infetados, que são comercializados vivos, a transmitir a doença aos seres humanos.
Os sintomas destes coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar. A Diretora-Geral da Saúde enumerou os principais cuidados a ter por parte dos cidadãos: informar-se sobre o país para onde viaja, evitar contacto com animais, com pessoas doentes e os padrões básicos de higiene - lavar as mãos e cobrir vias respiratórias em caso de espirros ou tosse.