O Instituto Português de Cultura (IPC) da Venezuela vai lançar um concurso sobre a História de Portugal, para estudantes lusodescendentes e venezuelanos, uma iniciativa que procura «aproximar mais as pessoas à cultura portuguesa», adiantou o presidente da instituição.
Vamos lançar um concurso sobre a História de Portugal. Decidimos que seria interessante recordar e relembrar a História de Portugal, desde a sua independência, desde quando Afonso Henriques iniciou as guerras para tornar Portugal independente”, referiu.
Fernando Campos falava à agência Lusa, à margem do espetáculo “Amália para sempre”, que teve lugar, segunda-feira, no Centro Cultural de Chacao, Caracas, na passagem do 34.º aniversário do IPC e que reuniu a fadista luso-venezuelana Iliana Gonçalves e o guitarrista português Rodrigo Martins.
Segundo Fernando Campos, o regulamento do concurso está atualmente a ser preparado pela junta de direção do IPC e deverá arrancar no começo de 2020.
Por outro lado, explicou que o IPC, no último ano, centrou-se em atividades de promoção da cultura portuguesa não apenas para a comunidade lusófona mas também para a venezuelana, tendo cumprido quase todos os objetivos que tinha traçado um ano atrás.
“Retomámos as nossas tertúlias culturais, editámos um livro de Gonçalo M. Tavares (“El secreto de su alfabeto”), traduzido por castelhano por Juan Martins, e [editámos] um disco compacto, “Lusofonias”. Continuámos a apoiar grupos folclóricos da comunidade portuguesa nas suas atividades, celebrámos o 10 de junho, e o 25 de Abril, que fomos a Clarines partilhar com a comunidade portuguesa”, disse.
Destacou ainda o apoio dado ao cinema português no Centro Português. E em breve o IPC dará início a um curso de formação para líderes associativos, que tinha sido anunciado em 2018, mas que não avançou “por questões orçamentais”.
Para o próximo ano, o IPC prevê terminar “o ciclo de tradução dos livros de Fernando Pessoa”, em colaboração com a editora venezuelana Bidando Editores.
O evento que assinalou o aniversário do IPC teve ainda como propósito “comemorar o centenário do nascimento da Amália Rodrigues”, e estará disponível em disco compacto em finais do primeiro trimestre do próximo ano.
“A guitarra portuguesa é sinónimo de fado, e fizemos um esforço económico importante, na época que estamos a viver, para trazer o guitarrista Ricardo Martins, um algarvio que tem um curriculum realmente interessante, para acompanhar a Ilíana Gonçalves e homenagear uma portuguesa universal, Amália Rodrigues, que é sinónimo do fado”, frisou.