Com o objetivo de sensibilizar o público para a trajetória dos refugiados, o Museu da Imigração – instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo – receberá a exposição temporária “Em casa, no Brasil”, concebida pela ONG Estou Refugiado em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), com inauguração marcada para o dia 12 de novembro (terça-feira), às 15h.

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A mostra, em cartaz na instituição até 5 de janeiro, é realizada dentro de uma Unidade de Habitação de Refugiados, um abrigo autônomo, sustentável, duradouro e desenhado especificamente para prover um espaço protegido, com conforto e dignidade para a melhor acolhida das pessoas nessa condição.

Na estrutura, montada no jardim do complexo da antiga Hospedaria do Brás, os visitantes poderão ouvir as histórias de 13 refugiados de nove nacionalidades diferentes, que responderam à pergunta “O que te faz se sentir em casa, estando longe de sua casa?”.

Entre as narrativas – cada uma com, em média, três minutos -, as lembranças de como eram os seus lares nos países de origem (Afeganistão, Colômbia, Cuba, Irã, Moçambique, Nigéria, República Democrática do Congo, Síria e Venezuela) foram abordadas. Ainda que cada depoimento tenha traços culturais diversos e características singulares que emocionam a quem ouve, ao contarem as suas memórias de chegada e a vida no Brasil, palavras como “paz”, “segurança”, “prosperidade” e “liberdade” foram muito citadas.

“O Museu da Imigração vem realizando diversas programações que incentivam a reflexão acerca da condição de refúgio. Receber essa mostra da ACNUR aqui, nesse local tão representativo para a discussão em relação ao direito de migrar, reforça a nossa missão e aproxima os visitantes da realidade dessas pessoas que são forçadas a saírem dos seus locais de origem”, enfatiza a diretora executiva do MI, Alessandra Almeida.

A exposição tem a finalidade de proporcionar o reconhecimento de que os refugiados tinham uma vida normal nas suas nações, como qualquer outra pessoa, até se tornarem vítimas (e não as causas) de conflitos armados, perseguições por diferentes motivos (relacionadas às questões de grupo social, nacionalidade, opinião política ou religião) e graves violações dos direitos humanos.

O ACNUR pretende com que a mostra seja um instrumento de conhecimento sobre a causa do refúgio e de combate à xenofobia e intolerância, enaltecendo como os refugiados contribuem para o desenvolvimento dos locais que os acolhem, sendo o Brasil um exemplo.

Segundo o ACNUR, abrigos são uma solução inovadora, composta com estrutura de aço leve, energia solar para carregar as lâmpadas e celulares e sistema para adaptação a diferentes condições climáticas. Cada casa tem capacidade de acolher cinco pessoas e, atualmente, estão presentes em seis espaços geridos pelo ACNUR e parceiros em Boa Vista (Rondon 1, Rondon 2, Rondon 3, Jardim Floresta, Nova Canaã e São Vicente), com, aproximadamente, 600 unidades instaladas.

Serviço

Abertura da Exposição “Em casa, no Brasil”

Data: 12 de novembro (terça-feira)

Hora: 15h

Entrada: Gratuita

Local: Museu da Imigração

Museu da Imigração

Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 – Mooca – São Paulo/SP

Tel.: (11) 2692-1866

Funcionamento: de terça a sábado, das 9h às 17h; e aos domingos, das 10h às 17h

R$10 e meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos | Grátis aos sábados

Acessibilidade no local – Bicicletário na calçada da instituição

www.museudaimigracao.org.br

In «Mundo Lusíada»