Realizou-se hoje, no salão da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Brentwood Park, Benoni, uma homenagem junto ao monumento erigido à memória daqueles que sucumbiram às balas dos agentes da violência criminal, que reuniu mais de um milhar de pessoas, na sua maior parte familiares amigos e conhecidos de muitas das vítimas, com a presença de muitas pessoas oriundas da Madeira, num evento que se realiza há 18 anos, organizado pelo Fórum Português.
Presentes estiveram Eduardo Rafael, em representação do Embaixador de Portugal, Francisco-Xavier Meireles, o cônsul-geral de Portugal em Joanesburgo e conselheiros de País e Conselheiros da Diáspora Madeirense na África do Sul.
Foi fácil vislumbrar o ambiente muito carregado de tristeza e saudade e também de alguma revolta por todos aqueles que ali se dirigiram para render uma homenagem singela àqueles que viram as suas vidas criminosamente interrompidas .
Pais, filhos, filhas, viúvos, viúvas , netos, netas, bisnetos, sobrinhos, sobrinhas todos com difuculdae em reter lágrimas e soluços. Abraços sucediam-se entre as pessoas que ficam demoradamente entre os braços das outras expressando sentidamente palavras de consolação e solideriedade.
São as crianças as primeiras a acender velas em memória dos seus entes queridos que partiram para sempre e também muito compenetradas da homenagem que estão prestando ao avô, ao pai, ao ao irmão, ao tio ou tia que nalguns casos nem os chegaram a conhecer ou nasceram após a consumação da tragédia que lhes roubou e enlutou a famíla.
O vice-presidente do Forum Português, André da Costa, disse ao JM que esta homenagem que se repete todos os anos , "não pode deixar de se fazer, não podem de forma alguma ser olvidados".
"Há necessidade que nos lembremos do que aconteceu. Podemos perdoar, mas esquecer, nunca. Homenageámos e homenagearemos sempre a memória de todos os caídos vitimados pela violência criminal. Estamos solidários com os familiares . E temos que nos relembrar que unidos seremos mais fortes, desunidos cairemos“, reforçou.
André da Costa exortou também a que os elementos da comunidade que queiram e tenham vontade de ajudar, que façam contribuições com o intuito de poder dar a familares de pessoas assassinadas alguma ajuda financeira, porque continuam a atravessar momentos de grandes dificuldades.