O número de votantes nas legislativas nos círculos da emigração aumentou em quase 130 mil, em virtude do recenseamento automático dos não residentes, mas a taxa de abstenção foi mais alta do que em 2015.

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Apesar de o número de votantes no estrangeiro ter passado de 28.354, em 2015, para 158.252, nas eleições de 06 de outubro passado (+129.898), a taxa de abstenção subiu ligeiramente, situando-se em 89,2% face aos 88,3% do sufrágio anterior.

Com a estreia do recenseamento automático de todos os portugueses portadores de Cartão de Cidadão, o número de inscritos para votar no estrangeiro passou de 242.852 para 1.466.754, aumentando assim exponencialmente os não residentes com capacidade de voto.

Em 2015 houve 28.354 para 242.852 inscritos, situando-se a taxa de participação em 11,68%. Já em 06 de outubro passado, votaram 158.252 para 1.466.754 inscritos, o que dá uma participação de 10,79%. Com o fecho dos resultados no estrangeiro, a taxa de abstenção global nas legislativas fixou-se em 51,43%.

Os votos brancos e nulos aumentaram também exponencialmente. Os votos nulos no estrangeiro ascenderam a 35.331, ou seja, 22,3%, o resultado percentual mais elevado à seguir aos ‘scores’ do PS e PSD. Em 2015, tinham sido de 3.071 votos (10,83%).

Já os brancos ascenderam a 2.094 votos (1,32%), quando em 2015 tinham sido apenas 185 (0,65%).

O PS foi o partido mais votado na Europa, com 29,06% dos votos, enquanto o PSD ficou à frente Fora da Europa, com 18,77%, tendo os dois partidos repartido os quatro deputados dos dois círculos da emigração.

As legislativas de 06 de outubro foram ganhas pelo PS com 36,34% dos votos e 108 deputados eleitos, quando estão atribuídos todos os mandatos, incluindo os quatro dos círculos eleitorais da Europa e de Fora da Europa.

De acordo com os resultados finais, divulgados no ‘site’ da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna – Administração Eleitoral, já com os dados das votações nos 27 consulados, o PSD foi o segundo partido mais votado, com 27,76% dos votos e 79 deputados.

Elegeram ainda deputados para a Assembleia da República BE (9,52% dos votos e 19 deputados); CDU (6,33% e 12 deputados); CDS-PP (4,22% e 5 deputados); PAN (3,32% e 4 deputados); Chega (1,29% e 1 deputado); Iniciativa Liberal (1,29% e 1 deputado) e Livre (1,09% e 1 deputado).

O PS venceu sem maioria absoluta, para a qual precisaria de, pelo menos, 116 deputados.

In «Bom Dia Europa»