A marca Portugal vale hoje 214 mil milhões de dólares (cerca de 194 mil milhões de euros), o que a coloca no 48.º lugar na tabela dos países mais valiosos do mundo em 2019, elaborada anualmente pela Brand Finance.

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Contudo, o relatório Brand Finance Nation Brands 2019, a que a Executive Digest teve acesso, mostra que o valor financeiro da nação portuguesa cresceu apenas 3% num ano para 214 mil milhões de dólares. Contas feitas, Portugal vale hoje mais 34 mil milhões de euros do que em 2018. Logo atrás de Portugal surgem países como Egipto (49.º), Peru (50.º) e Kuwait (51.º).

 

No topo da tabela, os Estados Unidos (1.º) continuam a ser a nação mais próspera do planeta, seguida pela China (2.º), Alemanha (3.º), Japão (4.º) e, mesmo apesar da incerteza em torno do Brexit, o Reino Unido (5.º). O país liderado por Donald Trump vale hoje 27,7 triliões de dólares, oito triliões de dólares a mais do que a nação chinesa, por exemplo, que deu um salto de 40% face ao ranking ano passado – percentagem que contrasta com os 7% registados pelos Estados Unidos, com quem a China enfrenta uma guerra comercial.

No final da semana passada, recorde-se, Trump anunciou que os Estados Unidos e a China teriam chegado a um acordo parcial para dar trégua à guerra comercial que tem dividido os dois países, descrevendo-o como «substancial», avançou o “The Washington Post”.

Na origem do conflito entre os dois países estava a política de Pequim para o sector tecnológico. A China quer transformar as firmas estatais nacionais – como a ICBC, a Huawei e a Alibaba – em importantes actores globais em áreas de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos. Mas os Estados Unidos não cedem, por considerarem que o plano viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às organizações do seu país, protegendo-as da competição externa.

«A China vive um período de grande ascensão no cenário global, em que já rivaliza com as tradicionais potências das marcas nacionais no Ocidente. Apesar dos desafios económicos e políticos, o valor da marca nacional da China cresceu 40%, superando consistentemente os EUA e outras grandes economias», destaca David Haigh, CEO da Brand Finance.

Nos últimos lugares do ranking, encontram-se as Honduras (100.º), Camboja (99.º) e Camarões (98.º).

Globalmente, o valor das marcas mundiais cresceu 13,9% nas economias em desenvolvimento, 30 vezes mais do que o valor das economias desenvolvidas, cujo aumento não foi além dos 0,4%. Ainda assim, o valor combinado das marcas das nações das 65 economias em desenvolvimento (37,8 triliões de dólares) continua muito atrás das 35 economias desenvolvidas: 60,3 triliões de dólares.

«Com o mundo ocidental a assistir a uma verdadeira mudança nas lideranças de ambos os lados do Atlântico, o mundo em desenvolvimento tem vindo a recuperar. Marcas mais arrojadas, ágeis e cada vez mais inovadoras da África, Médio Oriente, Ásia e América Latina estão a avançar a uma velocidade vertiginosa e estão prontas para um maior crescimento nos próximos anos», diz David Haigh.

In «Executive Digest»