Maria Madalena Tomé Páscoa foi alvo de carinhosas manifestações por parte dos residentes e colaboradores do Lar Rainha Santa Isabel em Joanesburgo na tarde de domingo.
Isto em agradecimento pelas décadas de serviço prestado enquanto trabalhou no Consulado-Geral de Portugal em Joanesburgo.
Nascida em Luanda, veio de Angola depois da descolonização portuguesa para a África do Sul e ingressou nos quadros do Consulado-Geral. Era funcionária pública de profissão e na condição de refugiada pediu uma audiência com o então cônsul-geral, Luís Navega que a entrevistou e averiguou a competência enquanto funcionária pública.
No início de funções, come-çou a trabalhar no Registo Civil, “para atender àquela onda de refugiados que vieram de Angola e Moçambique e verificar e completar os actos e registos civis feitos nas então colónias portuguesas”, segundo nos contou Madalena Páscoa.
Mais tarde, foi para os Serviços Sociais, “que foi o que adorei mais” e secretariou sempre os vários diplomatas em funções de cônsul-geral de Portugal em Joanesburgo.
Trabalhou em cerca de quatro instalações consulares, Rissik Street, Sauer Street e nos dois prédios localizados na Ernest Oppenheimer em Bruma.
Termina as suas funções por ter chegado à idade limite legal em Portugal dos 70 anos de idade.
Termina ao afirmar ao Século de Joanesburgo, “fiz o que queria e o que gosto e nunca considerei ser trabalho, porque para mim foi um privilégio trabalhar no Consulado por ser um ponto de encontro com a Comunidade. Foi de tal forma agradável que nem dei conta da Vida passar”.