A Escola Anglo-Portuguesa de Londres, uma escola primária bilingue que vai ter aulas em português e inglês, anunciou a abertura para o próximo ano letivo após conseguir um edifício para funcionar.
O edifício será localizado no município londrino de Wandsworth, no sul da capital britânica, cuja cedência será formalizada em outubro. A Escola Anglo-Portuguesa de Londres (APSoL) pretende dividir o ensino das principais disciplinas entre inglês e português para que os alunos aprendam a “comunicar fluentemente em duas das cinco línguas mais faladas globalmente, enquanto desenvolvem competências para cooperar, aprender e interagir entre
pares e com o mundo”.
O projeto para a chamada “Anglo-Portuguese School of London” foi aprovado em 2016 pelo Governo britânico, que garantiu financiamento, porém foi difícil encontrar instalações devido ao custo e competitividade no mercado imobiliário.
No ano passado, a coordenadorageral do Ensino do Português no Reino Unido, Regina Duarte, tinha adiantado à Lusa que tinham sido identificadas duas propriedades, uma das quais em Wandsworth que não precisaria de obras de modificação profundas.
É no sul de Londres que se concentra uma parte importante da comunidade lusófona portuguesa, não só portuguesa, mas também brasileira e de outros países de expressão portuguesa, como Angola.
Tendo em conta que a Escola Anglo-Portuguesa de Londres (APSoL) tem prevista a abertura para setembro de 2020, vai iniciar-se em novembro processo de inscrições para as duas turmas de pré-primária (reception), para crianças com entre quatro e cinco anos.
Quando foi dada a autorização e apoio do Ministério de Educação britânico para a abertura da Anglo-Portuguese School of London, em 2016, a procura excedia três vezes a capacidade prevista de duas turmas para os três primeiros anos do ensino primário com que a escola pretende começar a operar.
O plano é abrir nos anos seguintes a escola a crianças para os outros anos de ensino primário, totalizando, em pleno funcionamento, 420 alunos.
A Anglo-Portuguese School of London foi criada no âmbito do programa de “free schools” [escolas livres] no Reino Unido, estabelecimentos que podem ser criados por pais, professores, organizações sem fins lucrativos, empresas, instituições culturais ou desportivas ou fundações cuja utilidade responda à necessidade da comunidade local, seja por falta de lugares ou do tipo de oferta disponível. Estas escolas são financiadas pelo Estado britânico, mas têm autonomia na gestão, nomeadamente de horários e currículo.