Em Paris, houve quatro vezes mais votos do que nas últimas eleições europeias.

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O recenseamento automático dos emigrantes portugueses fez todo o sentido. Quem o diz é o secretário de Estado das Comunidades.

José Luís Carneiro chega mesmo a referir que houve "um aumento de cerca de 142% da participação dos cidadãos portugueses no estrangeiro." Este número traduz-se numa subida "de cinco mil para 13.000 portugueses a participar."

"Claro que a abstenção aumentou muito significativamente, mas não nos podemos esquecer de que nós tínhamos apenas 318.000 portugueses recenseados, e passámos a ter 1.431.000", analisou o secretário de Estado das Comunidades.

Para José Luís Carneiro, a necessidade anterior de deslocação por parte de quem se encontrava fora de Portugal até aos consulados para se recensear era um obstáculo à frequência das urnas. O número de pessoas inscritas aumentou, assim, em mais de um milhão.
O secretário de Estado salientou ainda que, embora nestas eleições a votação tenha sido obrigatoriamente presencial, nas legislativas, os portugueses residentes no estrangeiro também poderão votar por correspondência. "Contrariamente às Europeias e às Presidenciais, em que o voto continua a ser presencial, nas eleições legislativas, há duas modalidades de voto concomitantes: a modalidade de voto por correspondência, em que os cidadãos recebem o envelope com o boletim de voto nos correios, e têm apenas de os levantar, e presencialmente, se solicitarem aos postos consulares e diplomáticos", explicou José Luís Carneiro.

Para isso, houve "dezenas de sessões de informação em quase 20 países do mundo", e, foi possível duplicar, triplicar e até quadruplicar a participação dos eleitores em vários Estados.
"Em Paris, nós tivemos quatro vezes mais votos do que nas últimas eleições europeias", salientou o secretário de Estado, para quem esta é uma "oportunidade que todos passaram a ter, 45 anos depois do 25 de abril, o que é muito significativo."

In «TSF»