Muitos sobrenomes portugueses têm origem em árvores, como Pereira, Carvalho, Pinheiro, outros têm origem em nomes de animais, como Coelho, Lobo, Cordeiro.
Existem várias teorias que tentam explicar o motivo pelo qual há vários apelidos portugueses com nome de plantas. Desde Pinheiro, Pereira, Carvalho, Macieira, Oliveira... Não há uma teoria consensual para explicar a origem destes apelidos e o mais provável é que tenham tido origem em situações e contextos diferentes, mas há uma teoria que sobressai: a origem judaica.
A teoria predominante é que esses nomes teriam sido adotados pelos judeus obrigados a converter-se ao catolicismo na época da Inquisição. Ao mudarem de religião (ou ao fingir que mudavam, como era a maioria dos casos) os judeus mudavam o seu sobrenome para um nome português e tinham o hábito de escolher nomes de árvores. Há, no entanto, registos de muitos outros nomes descendentes de famílias judaicas que nada têm a ver com esta teoria.
Nem todos os judeus, quando foram obrigados a converter-se, usaram estes apelidos, mas grande parte assim o fez. E existe também outro pormenor: quem tem o apelido Oliveira, Pereira ou Pinheiro, por exemplo, pode não ter qualquer raiz judaica, uma vez que alguns desses apelidos já eram usados antes da conversão dos judeus.
A origem dos apelidos portugueses pode ser muito diferente. Outro pormenor curioso é a origem dos apelidos terminados em “es”, como Nunes, Fernandes, Gonçalves. Estes apelidos são de origem patronímico. Antigamente, sempre que um casal tinha um filho, o apelido desse filho era a adaptação do nome do pai. Por exemplo, se um homem chamado Nuno tivesse um filho chamado João, esse filho seria João Nunes, que significa “João, filho de Nuno”.