O Clube Naval do Funchal e o Clube Naval de Luanda assinaram, na passada sexta-feira, dia 15 de Abril, um protocolo de cooperação na Quinta Calaça. Mafalda Freitas e José Carlos Madaleno foram os responsáveis pela assinatura desde protocolo, que pretende manter uma relação estreita de troca de informação e experiências de forma a procurar o enriquecimento mútuo e fomentar encontros entre as suas secções desportivas.

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O Clube Naval de Luanda, cuja criação data de 23 de Maio de 1883, é hoje uma referência em termos desportivos e sociais. Até aos anos 20 do século XX, o CNL desenvolveu uma grande actividade e contou com a presença das famílias mais ilustres da cidade, quer nas actividades desportivas, quer nas sociais. A partir da década de 50, com a inauguração de uma nova sede social na Ilha do Cabo, em Luanda, o clube ressurge, animado por uma nova Direcção com novos projectos, incluindo protocolos com o Iate Clube do Rio de Janeiro e o Royal Cape Yacht Club.

Para a presidente navalista, “este protocolo é muito importante pois estamos a falar de um clube que, tal como nós, tem protocolos de grande relevância com outras grandes associações como o Clube Naval de Cascais. É uma associação emblemática com um grande historial em Angola, uma terra onde muitos sócios navalistas estão hoje em dia a viver por razões laborais. Este intercâmbio será também fundamental para os nossos atletas pois estamos a falar de um clube com mais de seis modalidades náuticas e quatro atletas já apurados para os próximos jogos Olímpicos – dois em remo e dois em vela ligeira. Aproveitámos também o facto do seu vice-presidente se encontrar na Madeira para assinar este protocolo, para os convidar para virem cá em Setembro, no âmbito da regata de Canárias, quando iremos realizar um torneio internacional de Optimists, onde gostaríamos de ter a presença de dois velejadores angolanos”.

O vice-presidente luandense, por seu turno, disse que “nós em termos de ranking africanos, estamos muito bem colocados mas a nível mundial não podemos dizer o mesmo, enquanto que o CNF tem uma experiência muito mais larga, mais capacidades e mais meios, e a partir de aí, nós podemos beneficiar e muito. Por outro lado, nós temos muitas realidades em Angola – diria, realidades africanas – que também podem ser uma mais-valia para o CNF. O que nós pretendemos retirar deste intercâmbio é uma simbiose em que ambos os clubes ficam a ganhar”.

in Funchal Notícias