Os objetivos das visitas às Comunidades são comuns às do Estado português e algumas deslocações têm sido efetuadas em conjunto.

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“A política de Portugal em relação às suas comunidades e consequentemente a das Regiões Autónomas é apenas uma”, salienta Jorge Carvalho, Secretário Regional com tutela das Comunidades.
Entre 26 de e 2 fevereiro vai contactar as Comunidades de Sydney. Melbourne e Perth. Quais são as suas expetativas nesta incursão ao outro lado mundo?
É com grande agrado e satisfação que realizarmos esta de visita de contacto com as comunidades madeirenses e também portugueses residentes na Austrália. A informação que possuímos é que se trata de uma comunidade bem integrada, que labuta arduamente para obter sucesso profissional e bem-estar familiar. Da nossa pate, levamos acima de tudo, e apesar da distância física ser grande, uma mensagem de proximidade, dos laços que nos unem e de reconhecimento por tudo o que têm feito para manter vivas e culturas, a memória e as tradições madeirenses nestes pais.
Quando assumiu as responsabilidades governativas em matéria de Comunidades, manifestou a intenção de conseguir uma maior proximidade com o número maior possível de Madeirenses. Isso tem sido conseguido? De que formas?
Assim que assumimos a pasta das Comunidades, tornou-se imperioso mantermos os contactos existentes no sentido de estabelecer uma maior proximidade com os madeirenses da diáspora. Esse objetivo tem sido paulatinamente alcançado nas deslocações efetuadas à Venezuela, à África do Sul, a Londres e a Jersey, bem como nos contactos frequentes na Região aquando da presença dos conselheiros das comunidades e outros representantes das mesmas. Nestes contactos, temos procurado criar dinâmica e pontes de colaboração em várias matérias de interesse.
A Região Autónoma tem Comunidades um pouco por todo o lado, umas mais expressivas do que outras. Como caracteriza o Madeirense ‘lá fora’?
O madeirense é, nas diferentes Comunidades, um individuo reconhecido pela sua grande capacidade de inserção, de trabalho e de empreendedorismo, que valoriza a sua cultura, os seus hábitos e as suas tradições, mantendo laços permanentes com a sua terra de origem.
Facilmente se caracteriza o Emigrante Madeirense como trabalhador e empreendedor.
Considera que deveríamos e poderíamos ter um envolvimento maior, por exemplo ao nível político e associativo nos diversos pais?
Em diversos países, há nossos conterrâneos e descendentes seus, já nativos dos países de acolhimento, que desempenham funções de relevância politica e associativa em diferentes organismos. Essa participação resulta da vontade individual, expressado interesse coletivos da comunidade madeirense, bem das comunidades locais em geral.
A política de Portugal é apenas uma. Como tem feito a interligação com a Secretaria do Estado com essa tutela, tendo em contas as diferentes políticas em Lisboa e na Madeira? A política de Portugal em relação às suas comunidades e consequentemente a das Regiões Autónomas é apenas uma. O objetivos são comuns e as próprias deslocações às comunidades têm sido efetuadas em conjunto. A relação com a Secretaria de Estado para as Comunidades Portuguesas e, em particular com o Sr. Secretario de Estado, tem-se pautado por uma relação de proximidade, de cordialidade e proficiência. Neste particular, ressalvamos o acompanhamento que tem sido prestado há comunidades lusodescendente regressado da Venezuela.
Como reage a Região Autónoma da Madeira face a episódios menos felizes nalgumas Comunidades que, no limite, origem ao regresso dos nossos Emigrantes?
Temos procurado acompanhar os contextos de cada comunidade e criar sempre as condições para uma melhor integração dos emigrantes que regressam.
O regresso de Madeirense, como no caso em curso da Venezuela, é um custo para o erário público ou uma oportunidade e um desafio?
Os madeirenses que regressam da Venezuela são madeirenses. Logo, têm acesso como outro residente às oportunidades que, hoje, a Região oferece do ponto de vista de desenvolvimento económico, educativo, social, bem como ao nível dos cuidados de saúde. Obviamente que, pelo número de casos verificados nos últimos tempos, esses regressos colocam desafios, mas também oportunidades de diversa natureza que todos devemos encarrar positivamente.

In «JM Edição Especial Comunidades»