O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa está de visita, esta quinta-feira, dia 1 de novembro, ao Porto Santo, no âmbito da Comemoração dos 600 Anos do Descobrimento da Madeira e Porto Santo.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou no Porto Santo que a descoberta da ilha, há 600 anos, foi um «momento histórico muito importante» e constituiu um ««exemplo notável de se fazer Portugal».

«Por isso, o Presidente da República tinha de estar cá, tinha de acompanhar intensamente [as comemorações]», disse Marcelo Rebelo de Sousa à chegada à ilha.

O Presidente da República vincou o trabalho desenvolvido ao longo de 600 anos no arquipélago da Madeira, a começar pelo Porto Santo, e que permitiu construir o que hoje é «uma região autónoma pujante» e também «um exemplo de uma maneira notável de se fazer Portugal».

Marcelo Rebelo de Sousa participa hoje nas comemorações dos 600 anos da descoberta da ilha do Porto Santo, seguindo um programa que começou às 10H30 e se prolonga até depois das 19H00.

«É um momento histórico muito importante para Portugal [a descoberta da ilha], porque é o começo de uma saga, é o começo de um período áureo da nossa história, que começou aqui», afirmou, sublinhando que a celebração honra os porto-santenses, os madeirenses e os portugueses em geral espalhados pelo mundo.

As atividades iniciaram-se com uma missa, que teve lugar na Igreja de Nossa Senhora da Piedade e foi presidida pelo Bispo do Funchal, António Carrilho.

A meio da manhã, o Presidente participou na inauguração da escultura do infante D. Henrique de Francisco Franco, com a presença de uma Força Milita, Alameda Infante D. Henrique.

Mais tarde, pelas 15H00, vai ser inaugurada a exposição fotográfica, ‘O Porto Santo do Séc. XX, no olhar do Padre Eduardo Pereira’, na Sala de Exposições dos Antigos Paços do Concelho.

Às 15H30, o Chefe de Estado e a comitiva visitam a Casa Colombo, seguindo-se um encontro com os agricultores no Campo Experimental de Farrobo.

Seguem para uma visita ao Lar e Centro de Dia de Nossa Senhora da Piedade e, às 18H00, assistem a um concerto pela Banda Municipal do Funchal ‘Os Artistas’, que terá lugar no Centro Cultural e de Congressos Porto Santo.

A visita termina com um espetáculo de fogo de artifício, que irá decorrer às 19H15.

Marcelo cumpre promessa com mais de dois anos

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, cumpre hoje uma promessa com mais de dois anos e vai a casa do carpinteiro António Pimenta, na ilha da Madeira.

A casa de António Pimenta fica no sítio da Terça, na freguesia de São Roque, concelho do Funchal, e foi destruída pelos grandes incêndios de agosto de 2016, que deflagraram ali perto, numa zona entre a floresta e a área urbana.

«Não é fácil fazer a mesma casa duas vezes. Mas, a gente, às vezes, tem de ir buscar forças a qualquer sítio para ultrapassar as dificuldades», disse o carpinteiro à agência Lusa em 2017, um ano após a tragédia e numa altura em que ainda decorriam as obras de recuperação.

Nessa época, António Pimenta sentia-se feliz por ter conseguido reconstruir a casa, mas salientava que esta só estaria totalmente concluída quando recebesse a visita do Presidente da República, isto porque Marcelo Rebelo de Sousa esteve lá imediatamente após os incêndios e prometeu voltar para a inauguração.

Passaram-se dois anos e por três vezes a visita de Marcelo Rebelo de Sousa foi adiada, duas das quais devido ao mau tempo na zona do Aeroporto Internacional da Madeira, mas hoje António Pimenta vai ter finalmente a presença do Presidente na sua nova casa. E até já há ementa pré-definida: cabrito e espetada.

Primeira visita de um Presidente à Jaime Moniz

Amanhã, o Presidente da República continua a visita à Ilha da Madeira e vai à Escola Secundária Jaime Moniz, sita na freguesia de Santa Maria Maior, na cidade do Funchal, "herdeira' do primeiro Liceu em Portugal, tendo entrado em funcionamento em 1837.

Marcelo Rebelo de Sousa será o primeiro Presidente da República a visitar aquele estabelecimento de ensino.

O Presidente da República será recebido pelos estudantes; descerrará uma placa alusiva à sua passagem; visitará o Núcleo Museológico da Escola e, no Ginásio/Salão de Visitas, terá um encontro com os alunos.

A Escola Secundária Jaime Moniz tem 2.200 alunos, 250 professores e 70 trabalhadores não docentes.

Em 1992, o Governo Regional atribuiu à Escola a "Medalha Regional de Bons Serviços" à causa da Educação.

Herdeira do centenário Liceu Central do Funchal, o primeiro ano letivo da sua existência teve a frequência de 44 alunos (1837 - 1838) e, 72 anos depois, recebeu as duas primeiras alunas (1909 - 1910).

O Liceu ocupou, no entanto, vários espaços (Colégio dos Jesuítas, Casa dos Barões de São Pedro e antigo Paço Episcopal), tendo finalmente, em 1942, se fixado na atual morada, em terrenos do então Colégio Militar, num investimento de 7.000 contos da Junta Geral, 1.800 contos dos quais apoio do Estado.

O Liceu Jaime Moniz começou a funcionar no atual edifício a 08 de outubro 1942, mas foi inaugurado oficialmente a 28 de maio de 1946.

Em 1919, passou a chamar-se "Liceu Nacional Central do Funchal", mas, em 1919, passou a designar-se de Liceu Jaime Moniz.

Jaime Constantino de Freitas Moniz foi pedagogo, advogado, intelectual, deputado, ministro da Marinha e Ultramar, presidente do Conselho Superior de Instrução Pública e membro da Academia Real das Ciências de Lisboa, sendo natural do Funchal.

Em 1980 passou, no entanto, a chamar-se Escola Secundária Jaime Moniz, mas o estabelecimento de ensino continua a ser popularmente conhecido por Liceu Jaime Moniz.

In «Revista Port»