A situação relacionada com a crise, económica e social, da Venezuela, tem vindo a resultar numa preocupação generralizada em Portugal, com maioria de razão na Região, atendendo a que uma grande parte da comunidade madeirense radicada naquele país, é oriunda da Madeira.
Por esse facto, o Governo Regional tem assegurado que o regresso, que a dado momento registou números elevados, de emigrantes madeirenses e de lusodescendentes, era acompanhado pelo enquadramento correspondente, em vertentes consideradas essenciais, a habitação e o emprego, entre outras. Uma realidade que, desde logo, envolveu os governos, Regional e da República, no sentido de serem canalizadas para a Região as verbas que dessem resposta às medidas concretas para aquele efeito.
O presidente do Governo disse hoje, no âmbito da Festa da Sidra, que o Governo Regional vai continuar a apoiar os que regressam, alerta que não podemos demonstrar ingratidão para com madeirenses que, a dado momento, ajudaram no desenvolvimento da Região. Voltou a abordar a importância de serem canalizados os apoios da República e diz que, neste processo, o secretário regional que tem a tutela das comunidades no Governo Madeirense, no caso Jorge Carvalho, o secretário da Educação, tem acompanhado todo o evoluir da situação e Albuquerque promete que assim é para continuar.
O Chefe do Executivo disse, depois, em declarações aos jornalistas, que a Madeira já colocou, no mercado de trabalho, 2 mil regressados. E ainda tem mais mil para colocar. “Temos acompanhado a integração daqueles que regressam, das crianças nas escolas, do ponto de vista pedagógico, algumas delas revelam dificuldades ao nível da língua. Também em matéria de Saúde e Segurança Social, com resposta nos medicamentos”
Miguel Albuquerque reconhece que seria importante encontrar uma fórmula que visasse o apoio na Venezuela, mas diz também que isso parece praticamente impossível. Recorda a recente vinda à Região da responsável da Cáritas Venezuela, que aponta as enormes carências, a vários níveis, para expressar a realidade que se vive no País e que exigiriam, por exemplo, um corredor humanitário de apoio, situação que hoje é muito difícil”.
Também hoje, o presidente do Governo apelou ao Governo da República para estar atento à detenção de vários gerentes, portugueses, de supermercados, acusados pelo regime de Maduro de especulação de preços. O secretário de Estado, José Luís Carneiro, disse hoje que o Governo central está a acompanhar a situação e prometeu o devido apoio neste processo em que os portugueses foram detidos.