O regresso de emigrantes madeirenses da Venezuela “está a fazer uma grande pressão sobre o mercado regional de emprego, na saúde, na habitação e na educação”, e já resultou num acréscimo de despesas do Governo Regional na ordem dos três milhões de euros.
Sensibilizar para esta questão foi um dos enfoques do presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, na audiência que manteve ao início desta tarde com os deputados da Comissão de Trabalho e Segurança Social da Assembleia da República.
A par disso, Tranquada Gomes manifestou a sua preocupação com um possível cenário semelhante relativamente à diáspora madeirense na África do Sul, antevendo já o regresso de madeirenses deste país.
Nesse contexto, o responsável alertou os parlamentares para vários outros temas que considera serem de extrema importância para a Região, lembrando que, em matéria de Segurança Social, “há um défice nas transferências do Orçamento do Estado para a Madeira relativamente aos Açores. Apesar de a população ser a mesma, nós recebemos menos 16 milhões de euros”, sublinhou.
Em resposta, o presidente desta Comissão da Assembleia da República, Feliciano Barreiras Duarte, afiançou que esta deslocação à Madeira serve “para recolher contributos e para melhorar o conhecimento real daquilo que se passa neste território português, sempre com o objetivo de podermos acrescentar algumas coisas em relação àquilo que vamos aqui recolhendo”.