A crise humanitária está a levar cada vez mais cidadãos a abandonar o país. Coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados teme que as próximas semanas sejam ainda mais duras.
O Estado e a sociedade portuguesa têm que se preparar para acolher os refugiados da Venezuela, diz Rui Marques, o coordenador da PAR – Plataforma de Apoio aos Refugiados.
Com uma crise humanitária na Venezuela que leva os cidadãos a abandonar o país em massa, Rui Marques teme que as próximas semanas sejam ainda mais duras que os últimos tempos.
Por isso, considera que a PAR deve alargar o seu campo de ação e preparar o acolhimento aos portugueses, luso-descendentes ou mesmo venezuelanos que queiram regressar a Portugal.
A organização não governamental lançou um apelo à mobilização da sociedade civil portuguesa para ajudar estes migrantes obrigados a sair do país governado por Nicolas Maduro. Mais de 50 mil portugueses na Venezuela estão em situação particularmente precária.
O programa PAR Família é uma das formas de promover a integração dos refugiados, neste caso, venezuelanos. Com a estrutura que já está montada, “é possível apoiar as pessoas num período inicial, promovendo a sua integração, nomeadamente na procura de trabalho e casa, até que se consigam tornar autónomas”, refere Rui Marques.
Nos últimos meses têm chegado a Portugal e sobretudo à Região Autónoma da Madeira milhares de emigrantes da Venenzuela. Nos próximos tempos deverão chegar mais. Por isso, Rui Marques considera que o Estado e a sociedade têm que estar preparados para o seu acolhimento.