Foi mais um momento para luso-venezuelanos matarem saudades e se reanimarem.
A distribuir cartões de uma empresa que assegura o encaminhamento de encomendas para a Venezuela, Natasha contou ao JM que deixou aquele os pais, com os pais e os irmãos, há cerca de três anos. A jovem, que aguarde os resultados da candidatura á Universidade, disse que havia dias em que tinha receio ir às no conservatório podia ser assaltada.
Temendo pela vida da família, António pegou em todos e veio para a Madeira á procura de melhores condições de vida. Para trás deixou casa, carros e outros bens, que espera um dia rever, mas para já não pensa nisso. Pensa sim, proporcionar segurança e boas condições de vida ao seu núcleo familiar.
Natasha, de apenas de 19anos, gosta de cantar e não esconde que gostaria de poder trilhar um caminho artístico. Optou por se candidatar a licenciaturas na área das línguas e das artes. Lamenta que no seu pais de origem haja muita gente a precisar de medicamentos, comida e vestuário, e diz que está a gostar de viver na Madeira.
Numa das várias barracas montadas na promenade da Ribeira Brava, onde ontem ao final da tarde, teve o início a 9º Festa Luso Venezuelana, Patrícia e Fátima vendiam os bolos e outas iguarias venezuelanas que confecionaram para conseguirem algum dinheiro. Estão na ilha há dois anos e meio e ainda não têm trabalho, segundo disseram ao JM. Patrícia trabalhava na Venezuela como delgada de informação medica e Fátima como professora.
A VENEXOS, que recentemente esteve representada num evento solidário semelhante a este, realizado em São Martinho (de que o JM deu conta), deu continuidade á sua missão de recolher medicamentos e conseguir fundos para mandar este tipo de ajuda e comida para as crianças para quem precisa na Venezuela. Venezuela bugigangas, camisolas e algumas fatias de bolo, entre outros artigos que os voluntários da associação fazem.
Enquanto a nossa reportagem circulava pelo recinto, era anunciado um programa festivo que prometia ritmos animados e “ CALIENTES” até no final da noite, pelo menos ate uma hora, de acordo com o cartaz da festa.
Vertida sobre uma fachada, uma bandeira gigante da Venezuela enchia de orgulho os emigrantes e regressados da Venezuela que ao longo de noite se mantiveram animados pela música e pelas iguarias venezuelanas.
In «JM»