Teve inicio na segunda-feira a 1ª edição do curso de português para lusodescendentes que registou um número de inscritos aquém do previsto.
Encontra-se a decorrer desde segunda-feira a primeira edição do curso de Português, Língua Não Materna, na paróquia da Sagrada Família, no Funchal. Segundo ideia do Padre Nélio Mendonça e de Aura Rodriguez, o curso pretende possibilitar aos emigrantes luso-venezuelanos a oportunidade de aprender ou aperfeiçoar as suas práticas discursivas da língua portuguesa.
A VENECOM estima que quatro mil venezuelanos estejam a residir na Madeira, número com tendência crescente devido à crise política económica e social que assola a Venezuela.
Neste sentido, e tendo em conta o potencial gerado em matéria de recursos humanos, com o retorno de alguns destes emigrantes, a integração dos mesmos é equacionada numa das fases basilares para o desenvolvimento que poderá surtir da integração destes novos trabalhadores no nosso mercado de trabalho.
Aura Rodriguez enfatiza a importância deste curso na vida das pessoas cuja língua materna não é o português, pois o mesmo pode facilitar a entrada no mercado de trabalho, que tem vindo a ser uma condicionante e até mesmo um entrave da mesma. Quanto ao mercado de trabalho, a importância deste curso sustenta-se na tentativa de facilitar o diálogo procedente à autorização de residência para o exercício de actividade profissional e até mesmo a aquisição de nacionalidade, cujo meio de efectivação passa também pela fluência na língua.
Até ao sábado passado, o número de interessados mostrava-se um pouco aquém das expectativas da responsável pela formação, inseridos sobretudo na faixa etária dos 19 aos 28 anos. Explica que muitos lusodescendentes sentem medo e vergonha de pedir auxílio. Este constrangimento acaba por ser um obstáculo a superar no sentido de efectivar-se uma maior integração de certas minorias de emigrantes lusodescendentes no quotidiano regional.
In «JM versão impressa»