Na Venezuela há um crescente interesse pelo ensino da língua portuguesa, segundo constatou o presidente do Instituto Camões e da Cooperação.
“É a primeira vez que estou na Venezuela (...) Tenho tido a oportunidade de constatar o interesse crescente pela língua portuguesa, que nós no Camões tentamos incentivar a dois níveis. Em primeiro lugar o ensino da língua a nível de herança à nossa diáspora que vive neste país e em segundo lugar o ensino da língua portuguesa enquanto língua estrangeira”, disse Luís Faro Ramos.
Em declarações à agência Lusa, explicou que nesse contexto assinou “um protocolo com a Universidade de Carabobo para a formação de professores à distância, portanto utilizando as novas tecnologias, os recursos que a Universidade de Carabobo dispõe e utilizando também a nossa coordenação (local) do ensino que tem tido um papel muito motivador”.
“Utilizando estes instrumentos esperamos potenciar ainda mais a formação de professores de língua portuguesa neste país”, frisou.
Por outro lado, explicou que esteve na Universidade Pedagógica Experimental Libertador (UPEL), em Maracay, onde teve a oportunidade “também de constatar o interesse crescente” pela língua portuguesa.
“A UPEL é a única instituição pública do ensino superior, venezuelana que forma professores, no âmbito de um protocolo que foi assinado em 2016. Já estão, neste momento estudantes nessa área e espera-se que agora as inscrições para o próximo ano letivo sejam muito concorridas e tenham bastantes pessoas interessadas em aprender a nossa língua para formarem outros e esse é o futuro, esperamos, aqui na Venezuela”, disse.
Luis Faro Ramos acrescentou que a partir de setembro as autoridades venezuelanas vão integrar o ensino da língua portuguesa no currículo das suas escolas públicas.
“Esse é um passo, do nosso ponto de vista, importantíssimo para a afirmação da nossa língua na Venezuela e portanto estamos muito satisfeitos”, concluiu o presidente do Instituto Camões.