O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, chega hoje a Washington para uma visita oficial de um dia e meio em que será recebido pelo seu homólogo norte-americano, Donald Trump, na quarta-feira.

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Esta será a segunda deslocação de Marcelo Rebelo de Sousa aos Estados Unidos da América neste mês de junho – em que se celebrou com um conjunto de iniciativas em diversos estados norte-americanos o "Mês de Portugal" – e a quarta desde que tomou posse, em 09 de março de 2016.

Hoje, o chefe de Estado terá um encontro no Clube Português de Manassas, na Virgínia, com a comunidade portuguesa daquele estado, do Maryland e de Washington D.C., que será o único ponto do seu programa neste dia.

O seu encontro com Donald Trump, na Casa Branca, em Washington, está marcado para cerca das 14:00 de quarta-feira e prevê-se que os dois chefes de Estado façam declarações à comunicação social na Sala Oval, sem direito a perguntas, no início.

De acordo com a Casa Branca, que se refere a Portugal como "um importante aliado da NATO", os dois presidentes terão uma conversa a sós, seguida de uma reunião bilateral alargada.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou na sexta-feira que no encontro com Trump serão abordados "temas comuns importantes que dizem respeito à pertença à NATO, ao envolvimento no Atlântico", bem como a "colaboração no domínio energético, no domínio dos investimentos recíprocos".

A comunidade emigrante portuguesa e lusodescendente nos Estados Unidos também será "um ponto central" da conversa, adiantou o Presidente da República.

No plano diplomático, as relações com os Estados Unidos da América, onde vivem cerca um milhão e 400 mil emigrantes portugueses e lusodescendentes, são vistas como um dos principais pilares da política externa portuguesa.

Além da aliança na NATO e da cooperação bilateral na defesa e segurança – os Estados Unidos mantém presença militar na Base das Lajes, nos Açores, embora progressivamente reduzida – são um importante parceiro comercial de Portugal, principal destino das exportações portuguesas fora da União Europeia.

Por outro lado, o número de turistas norte-americanos que visitam Portugal tem crescido anualmente acima dos 10%.

Na quarta-feira, após a reunião com Donald Trump, Marcelo Rebelo de Sousa falará com os jornalistas portugueses na Chancelaria da Embaixada de Portugal em Washington.

A sua visita terminará na Residência da Embaixada de Portugal em Washington, com uma cerimónia de "Toast to America" – brinde à América – com intervenções do embaixador português nos Estados Unidos, Fezas Vital, do presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, e do Presidente da República.

Há duas semanas, nos dias 10 e 11 de junho, o Presidente da República esteve com o primeiro-ministro, António Costa, nas cidades norte-americanas de Boston, Providence e New Bradford, a celebrar o Dia de Portugal junto dos emigrantes portugueses e lusodescendentes dos estados de Massachusetts e Rhode Island.

António Costa permaneceu mais cinco dias em território norte-americano, numa visita "de costa a costa" com um programa centrado na economia, na ciência e na inovação. Marcelo Rebelo de Sousa prometeu voltar em novembro para visitar outras comunidades luso-americanas.

O chefe de Estado qualificou a presença institucional portuguesa nos Estados Unidos da América em junho como "um ato de diplomacia pública".

Em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa esteve em Nova Iorque, em setembro, para a 71.ª Assembleia Geral das Nações Unidas – ocasião em que esteve numa receção oferecida pelo anterior Presidente norte-americano, Barack Obama – e em dezembro, para assistir ao juramento de António Guterres como secretário-geral eleito das Nações Unidas.

In «JM»