O ex-presidente do Governo Regional madeirense recebeu esta segunda-feira o mais alto galardão da região, por parte da Assembleia Legislativa da Madeira.
Alberto João Jardim foi homenageado esta segunda-feira, com a atribuição do mais alto galardão da Região Autónoma da Madeira - a Medalha de Mérito, da competência exclusiva da Assembleia Legislativa da Madeira.
A sessão solene que decorreu esta segunda-feira, estava agendada desde 4 de maio, dia em que a proposta da atribuição da Medalha de Mérito ao ex-presidente do Governo Regional foi aprovada por maioria, na Assembleia Legislativa da Madeira.
A 10 de junho de 2014, Dia de Portugal, ao cumprir 13310 dias de poder desde que assumira a presidência do Governo Regional, a 17 de março de 1976, Alberto João Jardim tornou-se no político português com mais tempo no governo desde 1910, ultrapassando António Oliveira Salazar.
Alberto João foi presidente do Governo Regional da Madeira entre 1978 e 2015, altura em que Miguel Albuquerque o substituiu.
O ex-presidente do Governo regional nasceu em 1943, é licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e foi, entre outros cargos, professor, jornalista, dirigente cooperativo, cofundador do PPD e presidente, entre 1987 e 1996, da Conferência das Regiões Periféricas e Marítimas da União Europeia. Recebeu várias condecorações e distinções pela sua vida política.
A cerimónia de hoje, com cerca de 500 convidados, teve a presença do representante da República (Irineu Barreto), do presidente do Governo Regional (Miguel Albuquerque), do bispo do Funchal (D. António Carrilho) e de deputados regionais e da Assembleia da República, entre os quais João Soares, em representação da Delegação da Comissão de Defesa Nacional, que se encontra em visita de trabalho à Madeira.
No momento do discurso, após receber a medalha da Região Autónoma pelos serviços prestados durante 37 anos de governação, Alberto João Jardim disse que "sem uma solução acerca da dívida histórica que o Estado português tem connosco, será sempre muito difícil o desenvolvimento integral das nossas ilhas".
A finalizar, Jardim disse que desistir não está no ADN madeirense, que é antes marcado pela capacidade de "enfrentar sempre todas as contrariedades, todos os obstáculos, todos os constrangimentos".
"O povo madeirense não será conservador, não se emburguesará, não se conformará. Tenho a certeza de que a luta continua", concluiu Alberto João Jardim.