O Presidente do Governo da Madeira faz um balanço muito positivo da visita a Londres.

EmigrantesSabemMadeiraMelhor

Mostrou-se satisfeito que os emigrantes reconheçam o crescimento na Região. «Muito bem recebido» pelas centenas de pessoas da comunidade madeirense em Londres, com quem contactou, Miguel Albuquerque regozijou-se com o facto de os emigrantes manterem inabalável o vínculo com a sua terra e conhecem o trabalho que o próprio Governo que lidera tem sido capaz de desempenhar.
«Eles sabem que a Madeira está melhor», começou por frisar o chefe do Executivo regional. E explicou as razões para o efeito: «Porque tem sido divulgada a recuperação económica, a baixa do desemprego, conhecem aquilo que tem sido, no fundo, o novo ciclo económico da Região. Muitos, aliás, dizem que vão com frequência à Madeira e constam essas mesmas melhorias. Aliás, não perguntam, afirmam que está melhor».
Os contactos estabelecidos, todavia, evidenciaram ainda a existência de «alguma preocupação» com o Brexit. «Mas não acho que seja uma questão clara neste momento. Há muita desinformação sobre esta matéria, decorrente da própria campanha eleitoral. É um facto, todavia, que esta situação pouco clara vai obrigar algumas instituições a realizar esclarecimentos de forma e evitar mal entendidos».
Esclarecimentos que terão de ser feitos nos sítios onde pontificam as comunidades portuguesas, nomeadamente nos distritos que são regidos pelos autarcas com quem privou durante esta visita, ou seja, Wandsworth, Lambeth, Crawley e Bridgwater.
Diálogos durante os quais se apercebeu que a vida dos emigrantes pode melhorar com esta introdução de portugueses em cargos de liderança política. «Estive com a vice-Mayor de Wandsworth (Jane Cooper)m que me informou que iria construir cinco polidesportivos e uma vai afectar o Santacruzense. Falei com outros, um dos quais madeirenses (Diogo Henriques, Bridgwater) e outro português (Carlos Castro, Crawley), e isso é muito importante porque passamos a estar nos centros da decisão política».
Mas, no cômputo geral, acredita que nada afectará a classe trabalhadora madeirense e viver em Londres. «Acho que não temos de fazer drama, temos de apoiar a nossa comunidade, composta por pessoas que trabalham, que vêem para cá não para brincar mas sim, para trabalhar, para poupar e fazer a sua vida».
A visita a Crawley, ao início da tarde ontem, surpreendeu positivamente o Presidente do Governo Regional da Madeira.
Crawley, uma cidade dos subúrbios de Londres, fica a dois Km do aeroporto de Gatwick, local onde trabalham 60% dos cerca de 7 mil madeirenses que vivem na cidade.
Miguel Albuquerque, diz ter sido tão recebido por todos os emigrantes.
«Fui muito bem recebido nos diversos centros e associações onde estivemos. Ontem, sábado, o Club Santacruzense de Londres, recebeu-nos muito bem, mais para à noite, no Scalabrini também correu bem. E hoje, domingo, em Crawley a receção está a ser fantástica, devo dizer que é a primeira vez que visito esta cidade, mas já sabia que a comunidade é muito prestigiada. Temos aqui sete mil madeirenses a trabalhar e beneficiam da vantagem de terem um Mayor português», por sinal Carlos Castro, natural de Lisboa.
Mas o reconhecimento dos madeirenses, este, diz ter sido granjeado há muito. «Há muitos anos que a nossa comunidade no Reino Unido é muito prestigiada, feito do seu trabalho, integridade, capacidade de realização, mas também à luz da instituições inglesas e da própria população local. Portanto, é uma comunidade perfeitamente integrada no Reino Unido e ainda bem que é assim».
A visita oficial de Miguel Albuquerque terminou ao final da tarde ontem. A viagem de regresso à Madeira começa durante a manhã desta segunda-feira.

In «Jornal da Madeira Impresso»