A Universidade Pedagógica Experimental Libertador (UPEL) criou um programa piloto para formar professores de língua portuguesa na cidade venezuelana de Maracay e responder à crescente procura do ensino do português no país.
Para a coordenadora do ensino de línguas na UPEL, Joyce Muñoz, este novo e único programa na Venezuela é uma mais-valia porque vão conseguir dar resposta a uma necessidade que está contemplada na Lei de Educação da Venezuela, para incluir a língua portuguesa desde o ensino primário venezuelano.
«Nas outras universidades os alunos formam-se como professores de inglês e francês, e ficam com algum domínio de outras línguas, aqui somos pioneiros na atualização pedagógica e por isso impulsamos este projeto», frisou.
Por outro lado, explicou que a universidade está a formar 105 professores de idiomas estrangeiros, entre eles «12 que optaram por participar nesta prova piloto de formação em português como língua docente».
Segundo Joyce Muñoz, a formação tem uma duração de quatro anos e a estimativa é de que mais de uma centena de professores de português tenha sido formada até 2022.
«Com este programa a UPEL, em Maracay, está a adicionar um grão de areia para que haja mais professores de português, com a ajuda da Embaixada de Portugal em Caracas e o Instituto Camões», explicou.
Na Venezuela, o ensino da Língua Portuguesa faz parte, desde há vários anos, do currículo oficial escolar. No entanto, a falta de professores de português tem dificultado a sua implementação quer a nível do ensino primário, secundário, como universitário.