Em assembleia-geral ordinária anual, realizada na manhã do penúltimo domingo, 15 de Abril, na Casa Social da Madeira, em Pretória, foram eleitos presidentes, para a Assembleia-Geral, a comendadora Manuela Rosa, que até ai vinha exercendo o cargo de secretária desse mesmo órgão máximo, enquanto para o Conselho-Fiscal foi escolhido Manuel Sardinha Jardim, e para a Direcção Augusto Baptista Rosa, que assim transita do conselho-fiscal, cargo que vinha que vinha exercendo nestes últimos anos, para o executivo da colectividade.

AugustoBaptista

Em relação ao modo como decorreu esta assembleia, diremos que normal, como neste caso para escolha de presidentes dos três órgãos directivos igual a todas as restantes que vamos assistindo no meio associativo, onde nos assuntos a tratar, especialmente nos considerados de interesse para esta casa, imperou sempre o bom senso na sua análise, daí até servindo para se clarificarem certos malentendidos, e pacificamente apontando para que nesse âmbito tudo volte à normalidade.

Parece estar na nossa massa do sangue, alhearmo-nos nestas ocasiões importantes para a vida das nossas colectividades, como é a eleição de presidentes para as dirigir, a par de nas mesmas se discutirem assuntos de interesse para o seu bom funcionamento, e em contrapartida andarmos nos bastidores a criticar quem, sabe-se lá o sacrifício que isso acarreta a alguns deles, para nestes tempos, cada vez mais difíceis, em que sistematicamente se verifica a diminuição de aderentes às poucas festas que já vão fazendo, para assim evitarem as despesas que as mesmas acarretam, e desta forma como balões de oxigénio, prolongarem a sua continuidade por mais uns tempos.

É banal quando em assembleias-gerais para escolha de presidentes, ou até outros cargos, nos desculparmos com sobrecarga da actividade profissional, motivos de saúde, razões de ordem familiar, ou ainda ausências planeadas prolongadas, quando na verdade isso na maior parte dos casos, é apenas e só por comodismo, assim como para nos livrarmos de certos compromissos alegar que vamos colaborar, que podem contar connosco, quando isso não passa de vagas promessas, já que depois nos estarmos nas tintas para ajudas, pois o que queremos é que não nos incomodem, mas por outro lado e como principal procurara as nossas conveniências.

Esta é a realidade nua e crua com que hoje se defrontam as nossas agremiações, daí cada vez mais se acentuarem os problemas com que de um modo geral todas se debatem, diremos mesmo por este andar e sem se vislumbrarem melhorias no respeitante a apoios, agravadas com o acumular do nosso conformismo, e consequente desinteresse, o desfecho poderá gradualmente vir a agravar-se, e até ser fatal para algumas delas, especialmente para aquelas que não tenham as suas próprias fontes de receita.

Na hora do render da guarda, como se costuma dizer, foi Samuel da Silva reconhecido pelo bom trabalho que como presidente da Direcção realizou nesta Casa Social da Madeira, daí bastante pressionado para continuar, só que por residir a certa distância de Pretória, a juntar à exigência de presença diária em locais que a sua actividade empresarial obriga, o impedem de continuar a dar, como aquela que em quatro anos deu a esta CSM, disponibilizando-se no entanto para sempre que venham a precisar de si, e o pedido esteja ao seu alcance, poderem contar sempre consigo.

In «O Século de Joanesburgo»