As autoridades portuguesas e suíças estão a estudar a possibilidade de introduzir o português como língua curricular do ensino secundário, no Cantão de Friburgo, na Suíça.

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As autoridades portuguesas e suíças estão a estudar a possibilidade de introduzir o português como língua curricular do ensino secundário, no Cantão de Friburgo, na Suíça.

Segundo Luís Faro Ramos, presidente do Instituto Camões, que espera que esta possibilidade se torne “uma realidade”, o alargamento do ensino de português a todos os alunos que pretendam aprender a língua terá um “efeito multiplicador” e será “um exemplo para outros cantões” naquele país, onde residem oficialmente 290.000 portugueses.

“Além do ensino às comunidades lusodescendentes, temos como objetivo principal que o (...) português, não só na Suíça, como noutros países, seja uma língua que integre os currículos escolares”, referiu o presidente do Instituto Camões, lembrando que já houve experiências idênticas noutros países, como a Espanha ou a Tunísia.

A Suíça é o país com a maior comunidade de portugueses na Europa, a seguir a França, existindo naquele país 10.000 alunos do ensino básico e secundário a estudar português, ministrado por um grupo de 78 professores, indicou Luís Faro Ramos, sublinhando que, a avançar, o projeto será pioneiro na Suíça.

De acordo com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, uma das principais preocupações dos emigrantes portugueses que estão a terminar a sua vida laboral na Suíça está relacionada com o seu desejo de regressar a Portugal, nomeadamente, no que respeita à atribuição de pensões e à portabilidade dos seus direitos sociais.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, que também participou nos “Diálogos com as Comunidades”, disse à agência Lusa que, em princípio, os emigrantes portugueses “têm todas as condições” para beneficiar do estatuto de residente não habitual, desde que tenham estado nos últimos cinco anos com residência fiscal fora de Portugal.

Segundo António Mendonça Mendes, muitos emigrantes não sabiam que esse regime era também aplicável aos portugueses, pelo que é necessário que aqueles que queiram requerer esse estatuto se informem e esclareçam a sua situação junto dos serviços de Finanças.

In «Revista Port»