Portugal financiou este ano projetos para enfrentar as alterações climáticas nos países de língua portuguesa avaliados em 1,5 milhões de euros, devendo direcionar mais 500 mil euros até final do ano, segundo o Ministério do Ambiente.
Moçambique é o país com o valor mais elevado, pouco mais de um milhão de euros, seguindo-se São Tomé e Príncipe, com 318,4 mil euros, montante semelhante àquele atribuído a Cabo Verde - 316,3 mil euros, especifica o ministério liderado por João Matos Fernandes.
Para Timor foram direcionados 223,1 mil euros, para a Guiné cerca de 100 mil euros e para Angola 64,6 mil euros, acrescenta.
O Ministério aponta que, "em 2017, já foram executados cerca de 1,5 milhões de euros e prevê-se que ainda se apliquem mais 500 mil euros até final do ano".
Este ano, os projetos financiados são principalmente das áreas da água, biodiversidade, mobilidade urbana e resíduos.
Os países desenvolvidos comprometeram-se a ajudar os menos desenvolvidos a concretizar projetos com vista a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e à adaptação aos efeitos das alterações climáticas, tanto através de financiamento, como de transferência de tecnologia.
No caso de Portugal, o compromisso é alocar 10 milhões de euros até 2020 para os países de língua portuguesa, com exceção do Brasil, ou seja, os africanos Angola, Cabo Verde, Guiné, Moçambique e São Tomé, assim como Timor.
Aquele montante é atribuído através do Fundo Ambiental e divide-se em cerca de 2,5 milhões de euros por ano.
Tendo em conta as metas definidas no Acordo de Paris sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa, firmado em dezembro de 2015 e que entrou em vigor em novembro de 2016, e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o pilar da política de cooperação portuguesa em matéria de ambiente são as alterações climáticas, explica o Ministério do Ambiente.