Os passaportes venezuelanos caducados recentemente ou em vias de caducar poderão ter a respetiva validade prorrogada por até dois anos, segundo um decreto presidencial publicado na quarta-feira e datado de domingo.

 

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"Faz-se necessário adotar medidas especiais que permitam garantir a expedição do documento de viagem, assim como um mecanismo que permita prorrogar a sua validade (...) O passaporte venezuelano poderá ser prorrogado por um período de dois anos, contados a partir da data da sua respetiva revalidação, nos termos estabelecidos no presente decreto", indica o despacho publicado na Gazeta Oficial (equivalente ao diário da República).
O decreto surge depois de notícias na imprensa local, desde há um ano, sobre queixas de venezuelanos, incluindo dos luso-descendentes, de dificuldades, tanto na Venezuela como no estrangeiro, para obterem o passaporte, alegadamente pela falta de material para a sua produção.
Segundo o decreto, a Venezuela "consagra o direito de todas as pessoas contarem com uma identidade reconhecida pelo Estado e a obrigação dele de garantir esse direito, dentro e fora do território nacional, sem discriminação, pelo que toda a pessoa poderá obter documentos públicos que comprovem a sua identidade, entre outros".
Os ministérios com competência em matéria de relações internas e externas vão ditar "as diretrizes que correspondam às secções consulares e ao Serviço Administrativo de Identificação, Migração e Estrangeiros (SAIME), para proceder à prorrogação dos passaportes".
Segundo o decreto, os procedimentos usados não poderão violar os demais elementos de segurança do documento de viagem, estabelecidos na legislação venezuelana nem as recomendações da Organização de Aviação Civil Internacional.

In «Jornal da Madeira»