A Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) divulga, hoje, no seu portal, a publicação ‘Estatísticas Demográficas da Região Autónoma da Madeira 2016’ e a Série Retrospetiva da Demografia atualizada com os dados de 2016 (1970-2016). O destaque vai para o aumento da população estrangeira na Região, que aumentou 6,4% face a 2015, muito por conta da Venezuela.
Entre os dados agora divulgados, a DREM destaca que, ao nível da população residente, “em 31 de dezembro de 2016, a população residente na Região Autónoma da Madeira (RAM) foi estimada em 254.876 pessoas, das quais 118.860 homens e 136.016 mulheres, traduzindo uma taxa de crescimento efetivo de -0,6% (-0,9% em 2015).
Segundo a DREM, “para a variação populacional observada em 2016 contribuíram os valores negativos da taxa de crescimento natural de -2,9‰ e da taxa de crescimento migratório de -3,1‰”. Além disso, a proporção de jovens (popu-lação com menos de 15 anos) continuou a diminuir em 2016, representando 14,3% da população total (14,8%, em 2015)”.
Por outro lado, refere também a DREM, “a proporção de idosos (população com 65 ou mais anos) manteve também a tendência crescente dos últimos anos, atingindo 16,0% da população residente (15,6%, em 2015). Em consequência, o índice de envelhecimento continuou a aumentar, fixando-se em 111,5 pessoas idosas por cada 100 jovens (105,3 em 2015)”.
Ao nível de nascimentos, a DREM diz que, “em 2016, registaram-se 1 858 nados vivos filhos de mães residentes na RAM, o que traduz uma diminuição de 4,6% face a 2015 (1 947 nados vivos)”. Feitas as contas, “a taxa bruta de natali-dade diminuiu, passando de 7,6 para 7,3 nados vivos por mil habitantes entre 2015 e 2016”.
Ainda segundo a DREM, “52,0% crianças nascidas no ano em referência eram do sexo masculino, representando uma relação de masculinidade à nascença de 108%, ou seja, por cada 100 crianças do sexo feminino nasceram cerca de 108 do sexo masculino”. Além disso, “33,7% dos nados vivos eram filhos de mulheres com idade inferior a 30 anos”.
A outro nível, a DREM revela que “na RAM, em 2016, realizaram-se 861 casamentos, o que representa um aumento de 8,6% relativamente ao ano transato (793 casamentos). A taxa bruta de nupcialidade foi de 3,4 casamentos por mil habi-tantes”. Outro dado curioso é que houve mais casamentos em setembro (113 casamentos) e menos em janeiro (40 casamentos). Cerca de “70,7% dos casamentos oficializados foram ‘primeiros casamentos’”.
A DREM revela ainda que “65,7% dos casamentos foram realizados pelo civil e 33,7% pelo rito católico” e que “em 73,1% dos casamentos optou-se pelo regime de comunhão de adquiridos”.
Quanto aos números dos divórcios, a DREM revela que “em 2016, foram decretados, na RAM, 652 divórcios, corres-pondendo a um aumento de 1,6 % face ao ano transato, ou seja, mais 10 divórcios que em 2015. A taxa bruta de divor-cialidade foi de 2,6 divórcios por mil habitantes em 2016, contra 2,5 em 2015 e 2,1 em 2014. Nos últimos 3 anos, por cada 100 casamentos celebrados registaram-se cerca de 74 divórcios em 2014, 81 em 2015 e 76 em 2016”.
Revela ainda a DREM que foram averbados 2 612 óbitos em 2016, mais um óbito que em 2015 (2 611 óbitos). 94,1% dos óbitos ocorreram em indivíduos com 50 ou mais anos; 63,1% em indivíduos acima dos 75 anos. A taxa bruta de mortalidade foi de 10,2 óbitos por mil habitantes. Mais óbitos no mês de dezembro (260 óbitos) e menos no mês de outubro (171 óbitos). Ocorreram 5 óbitos de crianças com menos de 1 ano (menos 2 que 2015) e 2 óbitos fetais de mães residentes na RAM (7 em 2015). Em consequência, a taxa de mortalidade infantil fixou-se em 2,7 óbitos por mil nados vivos (3,6 em 2015). Em 2016, registaram-se 5 óbitos perinatais (11 em 2015): 3 de nados vivos falecidos com menos de 7 dias de idade e 2 fetos mortos de 28 ou mais semanas de gestação”.
Por último, quanto à população estrangeira, a DREM diz que “a 31 de dezembro de 2016, a população estrangeira resi-dente na RAM totalizava 6.110 pessoas (mais 6,4% que em 2015), distribuídas entre detentoras de títulos de residência (6 049) e de vistos de longa duração (61). Os nacionais do Reino Unido (14,5%), Brasil (12,6%), Venezuela (11,5%) e Alemanha (7,5%) continuam a representar as principais comunidades estrangeiras a residirem na Região. A nacionali-dade venezuelana apresentou em 2016 um assinalável incremento (21,0%) no número de estrangeiros detentores de títulos de residência a residir na Região (581 em 2015 e 703 em 2016)”.