A marca portuguesa de sapatilhas feitas à mão no Norte de Portugal aumentou as vendas em mais de 200% em relação ao mês transato graças às recentes semanas da moda de Nova Iorque e de Milão. “As semanas da moda [de Nova Iorque e Milão] foram responsáveis pelo aumento das vendas em mais de 200% comparativamente com o mês transato. Este aumento da procura recaiu sobretudo nas novas coleções das Josefinas, tendo como maiores mercados internacionais o norte-americano e o asiático”, disse hoje à Lusa Filipa Júlio, fundadora da marca daquele calçado português.
Os últimos modelos das sabrinas, como as sapatilhas Louise, estão hoje em destaque na secção de ‘lifestyle Fashion’ (estilo e moda) de publicações internacionais como as britânicas The Telegraph e ELLE ou da Cosmopolitan americana, conta Filipa Júlio.
Segundo a fundadora, as Josefinas são a “primeira marca de calçado nacional a fazer furor nas semanas da moda internacionais” e a chegar aos “tops das peças mais desejadas entre as fashionistas mundiais”, como as irmãs Song (Aimee e Dani), Julia Lang e Danielle Bernstein.
“É inédito e quase inacreditável, ver as minhas Josefinas nos pés do mundo é um sonho tornado realidade. De Portugal para o mundo com muito orgulho”, declarou à Lusa a fundadora da marca portuguesa de sabrinas feitas à mão por sapateiros e costureiras numa fábrica de calçado, perto de São João da Madeira, no Norte do distrito de Aveiro.
A marca portuguesa utiliza apenas a Internet para exportar os sapatos que viajam para todo o mundo, via correio normal, em originais caixas de cartão com carimbo “Josefinas Portugal”.
Os EUA são o principal destino das Josefinas, país que absorve 35% da produção, mas há muitas outras mulheres que querem as sabrinas ‘made in Portugal”. As encomendas daquele calçado inspirado no mundo das bailarinas ‘chovem’ no sítio da Internet das Josefinas, com pedidos de Angola, Polónia, Espanha, Inglaterra, França, Irlanda, Bélgica, Brasil, China, Macau, Japão ou Austrália, conta a fundadora da marca.
A marca Josefinas está a ajudar a mudar a vida de mulheres em situação de risco, oriundas de países em guerra, através do “Women for Women International (WfWI)”, uma organização humanitária internacional que dá o apoio necessário às mulheres para abrirem um negócio próprio ou para terem formação e aprenderem uma profissão.
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmava este mês na maior feita do setor a nível mundial, a Micam, em Milão, que o “calçado português” é uma marca “que ajuda a vender as empresas” nacionais e representa um setor que deve servir de exemplo.
“O calçado português é hoje uma marca que vende e que ajuda a vender as empresas portuguesas. É um bom exemplo de como, quando se diz ‘Made in Portugal’ no calçado, as pessoas acreditam que é bom e isso ajuda a vender em qualquer parte do mundo”, realçou o governante na sua primeira visita à maior feita do setor a nível mundial, a Micam, em Milão.