O presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Emídio Sousa, defendeu quarta-feira no Porto a criação de um “programa especial de acolhimento” de portugueses e lusodescendentes residentes na Venezuela.
“O Porto e a Área Metropolitana do Porto (AMP) devem exigir do Governo de Portugal e da União Europeia um programa especial de acolhimento destinado à Diáspora na Venezuela”, afirmou Emídio Sousa, na sessão de abertura da cerimónia comemorativa dos 25 anos da AMP, que decorreu naquela tarde na Casa da Música, no Porto. Segundo Emídio Sousa, que é também presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, este programa deve “receber e acolher” lusodescendentes, concedendo de forma “rápida e simplificada” a nacionalidade portuguesa, “pelo menos até à quarta geração de descendentes portugueses”. “Estes portugueses, vítimas inocentes de uma ditadura comunista, merecem que Portugal os receba. Importa referir que se trata de famílias completas, principalmente de jovens em idade de trabalho e com filhos”, sublinhou, acrescentando serem pessoas com “cultura idêntica à nossa, com matriz religiosa matriz idêntica à nossa” e cuja língua é também “muito idêntica à nossa” O responsável disse ainda que receber lusodescendentes da Venezuela “será também uma oportunidade para o país combater a baixa taxa de natalidade” que enfrenta. “E se estivemos ao lado do nosso Governo para acolher refugiados de países em guerra (...), veríamos com muito bons olhos um programa de acolhimento de portugueses e lusodescendentes.